Lei do Luto Parental: direitos garantidos e como apoiar quem perdeu um bebê
Nova legislação reconhece a dor da perda perinatal e promove acolhimento humanizado nas maternidades
Com a sanção da Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, o Brasil dá um passo importante ao reconhecer oficialmente a dor de mães e pais que enfrentam a perda de um bebê durante a gestação, no parto ou nos primeiros dias de vida. A nova lei, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garante apoio psicológico pelo SUS, registro oficial do bebê com o nome escolhido pelos pais e acolhimento estruturado nas maternidades.
Segundo a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, essa legislação é um avanço fundamental para combater o silêncio, o julgamento e a solidão que muitas famílias enfrentam após essa perda. O luto perinatal não se limita à ausência física do bebê, mas também abrange perdas simbólicas, como o luto pelo sexo desejado, pelo parto planejado que não aconteceu ou pelas dificuldades na amamentação. “Todas essas experiências envolvem a interrupção de expectativas e precisam ser acolhidas”, explica Rafaela.
Cada pessoa vive o luto de forma única e pessoal. O tempo para superar a dor varia, podendo durar semanas, meses ou mais. O importante é observar como o luto impacta o dia a dia. Se a tristeza interfere nas atividades diárias, há isolamento prolongado ou pensamentos de desesperança, é fundamental buscar ajuda profissional. Psicólogos e especialistas em saúde mental estão preparados para oferecer suporte e acolhimento.
Para lidar com a perda, a psicóloga recomenda validar os próprios sentimentos e permitir que emoções como tristeza e culpa sejam vividas sem repressão. Guardar lembranças do bebê, como roupas ou fotos, pode ajudar a transformar a dor em algo significativo. Hospitais humanizados também contribuem para uma despedida mais acolhedora, permitindo que os pais vejam e segurem o bebê, além de oferecer opções para guardar recordações, como fotos e a marca do pezinho.
Outro ponto importante é o acolhimento nas maternidades. Separar mães que passaram pela perda de alas onde estão bebês recém-nascidos e garantir que profissionais estejam capacitados para oferecer um atendimento humanizado são medidas que ajudam a aliviar o sofrimento. Além disso, o luto também afeta os pais, que muitas vezes são pressionados a “ser fortes”, mas precisam de espaço para expressar sua dor e receber apoio.
A psicóloga alerta para o cuidado com as palavras ditas a quem está enlutado. Frases que minimizam a dor, como “foi melhor assim” ou “Deus quis dessa forma”, invalidam os sentimentos e dificultam o processo de superação. O acolhimento verdadeiro se dá por meio da escuta atenta e do respeito ao momento de luto.
Falar sobre o luto perinatal é essencial para romper tabus e validar o sofrimento das famílias. Casos recentes de figuras públicas que compartilharam suas experiências ajudaram a dar visibilidade ao tema, mostrando que essa dor é mais comum do que se imagina. A nova lei representa um avanço para que o Brasil ofereça suporte real e humanizado a quem enfrenta essa perda.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e entrevistas com a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo. Se você conhece alguém que passou por essa situação, compartilhe este post para ajudar a ampliar o acolhimento e a compreensão sobre o luto parental.
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Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA