Indústria de dispositivos médicos brasileira mira expansão internacional após alta nas exportações

Pesquisa da ABIMO revela que 93% das empresas querem entrar no mercado externo, impulsionadas por oportunidades e desafios globais

O setor brasileiro de dispositivos médicos está em um momento estratégico de expansão internacional. Segundo pesquisa recente da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos), 93% das empresas que ainda não exportam pretendem iniciar operações no mercado externo. Entre as que já atuam fora do país, a expectativa é de um crescimento de 70% nas exportações entre maio e junho de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Este otimismo surge em meio a uma mudança importante no cenário comercial: os Estados Unidos passaram a aplicar uma tarifa de 10% sobre a importação de dispositivos médicos brasileiros, uma medida que antes não existia. Apesar do impacto inicial, a ABIMO avalia que essa alteração pode favorecer o Brasil no médio prazo, já que outros grandes exportadores, como China e União Europeia, enfrentam tarifas ainda mais elevadas, tornando os produtos brasileiros relativamente mais competitivos no maior mercado consumidor do setor.

Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO, destaca: “Este é um momento estratégico para a indústria nacional. A qualidade dos dispositivos médicos brasileiros é amplamente reconhecida no exterior, e podemos ampliar nossa presença nos EUA com inteligência comercial, inovação e diversificação de portfólio.”

Em 2024, o Brasil exportou US$ 1,17 bilhão em dispositivos médicos, um crescimento de 24,6% em relação a 2023, com presença em mais de 190 países. Os Estados Unidos são o principal destino dessas vendas, reforçando a importância do mercado norte-americano para o setor.

Por outro lado, a ABIMO alerta para alguns desafios. O aumento da concorrência no mercado interno pode ocorrer à medida que países afetados pelas novas tarifas busquem novos destinos para seus produtos, e o Brasil pode estar entre eles. Além disso, o encarecimento dos insumos e componentes importados, essenciais para a produção nacional, preocupa o setor. “Nenhum país é autossuficiente na cadeia de dispositivos médicos. Por isso, precisamos de uma política industrial sólida, que estimule a inovação, a internacionalização e a competitividade da indústria brasileira”, ressalta Fraccaro.

A pesquisa da ABIMO envolveu empresas de diversos segmentos, incluindo médico-hospitalar (50%), odontológicos (13%), implantes (16%), materiais de consumo (13%) e outros setores como reabilitação, laboratório e radiologia (8%). A maioria das operações está concentrada em São Paulo (74%), com presença significativa também em Minas Gerais e Paraná.

Este cenário revela uma indústria brasileira de dispositivos médicos pronta para crescer e se consolidar no mercado internacional, aproveitando oportunidades e enfrentando desafios com inovação e estratégia.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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