Estilo de vida ocidental é principal causa do aumento do câncer em jovens, alertam especialistas

Sedentarismo, má alimentação e consumo de álcool impulsionam crescimento de casos entre 25 e 49 anos

Dados recentes apontam um crescimento alarmante na incidência de câncer entre pessoas jovens, especialmente na faixa dos 25 aos 49 anos. Segundo estudo publicado na revista BMJ Oncology e confirmado por especialistas do Hospital Moinhos de Vento, os casos nessa faixa etária aumentaram 79% entre 1990 e 2019, com um crescimento de quase 30% na mortalidade.

Para Rui Weschenfelder, coordenador do núcleo de Oncologia Gastrointestinal do Hospital Moinhos de Vento, esse aumento está ligado principalmente ao estilo de vida ocidental e urbano. “Fatores como sedentarismo, aumento do consumo de álcool, tabagismo persistente, obesidade e o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em sal, açúcar e gorduras são os principais suspeitos de impulsionar este cenário.”

Entre os tipos de câncer que mais cresceram nessa faixa etária estão os tumores de mama, cólon e reto, esôfago, rim, fígado e pâncreas. O câncer colorretal, em particular, teve sua incidência duplicada no cólon e quadruplicada no reto em jovens, estando fortemente ligado a padrões alimentares e obesidade. Esses hábitos contribuem para uma inflamação crônica de baixo grau, considerada uma raiz comum para diversas doenças crônicas.

A Medicina do Estilo de Vida (MEV) surge como uma importante aliada no combate a essa epidemia. Ela foca em seis pilares para promover mudanças saudáveis: dieta equilibrada, controle do uso de álcool e tabaco, prática regular de atividade física, sono reparador de 7 a 9 horas, manejo do estresse e cultivo de vínculos sociais de qualidade.

Alexander Daudt, oncologista e liderança médica do Ambulatório de Medicina de Estilo de Vida e Longevidade Saudável do Hospital Moinhos de Vento, destaca que “90% das doenças crônicas comuns, como as cardiovasculares e a diabete, estão relacionadas ao estilo de vida. Por isso, a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir o risco dessas doenças em até 80% e de câncer em cerca de 35%.”

Além da prevenção, a MEV também pode melhorar a sobrevida dos pacientes oncológicos. A atividade física, por exemplo, pode reduzir em 30% o risco de recaída em tumores comuns como os de mama, cólon e próstata. Herbert Miranda, diagnosticado em 2020, relata que, ao adotar mudanças no estilo de vida durante o tratamento, sentiu-se mais motivado e com melhor resposta à terapia. “Comecei a me sentir melhor, a responder melhor ao tratamento e já não me sentia mais tão fragilizado”, conta.

As diretrizes de rastreamento também têm sido ajustadas para acompanhar esse cenário, com recomendações como a colonoscopia a partir dos 45 anos e a mamografia a partir dos 40 anos, visando a detecção precoce.

Especialistas reforçam que pequenas escolhas diárias podem fazer grande diferença no futuro. A conscientização sobre a relação entre estilo de vida e câncer, aliada ao avanço da medicina e ao apoio multidisciplinar, é fundamental para transformar o medo em ação e empoderamento.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa do Hospital Moinhos de Vento.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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