Picadas de mosquito: saiba quando buscar ajuda e como aliviar os sintomas
Dermatologista da UFF alerta para reações alérgicas, infecções e prevenção eficaz
As mudanças climáticas têm contribuído para o aumento da população de mosquitos em áreas urbanas e rurais, elevando os casos de picadas e as queixas relacionadas a coceiras, inchaços e reações alérgicas na pele. Segundo a dermatologista e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Dra. Lívia Pino, a maioria das reações é leve, mas é fundamental reconhecer os sinais de alerta para evitar complicações.
A reação mais comum após uma picada é local, caracterizada por vermelhidão, leve inchaço e coceira intensa. Esses sintomas são causados pela saliva do mosquito, que contém enzimas e proteínas para evitar a coagulação do sangue e facilitar a alimentação do inseto. “Essas substâncias não são tóxicas, mas são estranhas ao nosso organismo e ativam o sistema imunológico. A liberação de histamina é o que causa a coceira, a vermelhidão e o inchaço”, explica a especialista. Pessoas com predisposição a alergias podem apresentar respostas mais intensas.
Entretanto, em alguns casos, a reação pode ser mais grave. A dermatologista alerta que, diante de sintomas como febre, dificuldade para respirar, inchaço nos olhos, lábios ou sensação de garganta fechando, é essencial procurar atendimento médico imediato, pois podem indicar uma reação sistêmica grave, como a anafilaxia. Além disso, a infecção secundária no local da picada é preocupante, especialmente em crianças que coçam com mais intensidade. “Se a área estiver com vermelhidão progressiva, muito quente, dolorida ou com secreção amarelada ou esverdeada, é provável que tenha ocorrido uma infecção bacteriana, que também precisa de tratamento médico”, destaca Dra. Lívia.
Outro ponto importante é que pessoas que nunca tiveram reações alérgicas podem desenvolvê-las ao longo da vida, pois o sistema imunológico pode se sensibilizar após múltiplas exposições à saliva do mosquito. A médica também chama atenção para reações inflamatórias mais intensas, como bolhas, endurecimento da pele, dor persistente, aumento do inchaço e ínguas próximas à área afetada. Em crianças, é comum o prurigo estrófulo, uma reação alérgica que causa bolinhas vermelhas muito pruriginosas em áreas expostas e pode durar semanas, exigindo avaliação dermatológica.
A melhor forma de lidar com as picadas é preveni-las. O uso de repelentes adequados, roupas que cubram o corpo, telas nas janelas, mosquiteiros sobre camas e berços, repelentes elétricos e lenços repelentes dermatologicamente testados são estratégias eficazes. O lenço repelente Bug Boom, por exemplo, é indicado para toda a família, inclusive crianças a partir de 6 meses.
Para aliviar a coceira, a principal recomendação é evitar coçar para não romper a pele e prevenir infecções secundárias. Entre as opções está o dispositivo Bug Boom, aprovado pela Anvisa, que promove sucção sobre a pele por 10 a 20 segundos, aliviando sintomas leves sem o uso de medicamentos. Gustavo Reis, Diretor de Negócios da AGPMED, destaca que o dispositivo é uma alternativa não farmacológica para minimizar o incômodo e evitar machucados causados pelo ato de coçar. Ele reforça que o dispositivo não substitui o uso do repelente, que é fundamental para proteção.
Dra. Lívia Pino orienta ainda a manter a pele limpa com sabonetes suaves e evitar produtos irritantes. “Pomadas com corticoides podem ser usadas em casos mais intensos, sempre com orientação médica. Pomadas antialérgicas tópicas não são indicadas, pois podem causar mais irritação. Em casos de coceira intensa, antialérgicos orais podem ser prescritos”, conclui.
Prevenir as picadas e reconhecer os sinais de alerta são essenciais para evitar complicações. Você já teve alguma reação mais intensa a picadas de mosquito? Compartilhe sua experiência nos comentários!

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA