Educação antirracista: 5 passos para valorizar a diversidade cultural desde cedo
Descubra estratégias práticas para promover respeito, inclusão e combater o racismo com crianças e jovens
A educação antirracista é uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais justa e igualitária. No Brasil, onde o racismo estrutural ainda impacta a vida de muitos, promover o respeito à diversidade cultural desde a infância é um passo fundamental. Com base em informações da assessoria de imprensa dos Maristas do Brasil e dados oficiais, reunimos cinco dicas práticas para abordar o tema com crianças, adolescentes e jovens.
1. Explique que o racismo é estrutural
O racismo não é natural, mas aprendido. Como explica o Ir. José Aderlan Brandão Nascimento, “Ninguém nasce odiando a outra pessoa pela cor da sua pele, pela sua origem ou ainda pela sua religião. Assim como as pessoas aprendem a odiar, elas também podem ser ensinadas a amar.” É importante que crianças e jovens compreendam que o racismo está enraizado em nossa sociedade e que o respeito à diversidade é um valor a ser cultivado.
2. Valorize as diferenças culturais
A cultura brasileira é resultado da contribuição de povos africanos, indígenas, europeus e asiáticos. Raimunda Caldas, coordenadora da Qualidade Social da Educação do Marista Brasil, sugere levar os filhos para conhecer museus dedicados às culturas indígenas e afro-brasileiras, refletindo sobre a importância de reconhecer e valorizar essas raízes presentes na música, na culinária e na língua.
3. Reconheça a dívida histórica
O Brasil deu um passo simbólico importante ao pedir desculpas pela escravidão em 2024, mas é fundamental que isso se traduza em políticas públicas efetivas para reduzir desigualdades raciais. O Estado tem papel crucial nesse processo, e a educação deve refletir essa responsabilidade.
4. Estimule leituras e reflexões críticas
Incentive crianças e jovens a questionar a representação social observando monumentos, nomes de ruas e personagens históricos. Leia juntos livros e notícias que promovam a diversidade e a inclusão, como “O Pequeno Príncipe Preto”, de Rodrigo França. O diálogo aberto sobre discriminação e racismo fortalece uma visão de mundo plural e acolhedora.
5. Garanta diálogo entre família e escola
Segundo pesquisa do Ipec e Instituto de Referência Negra Peregum, 64% dos jovens entre 16 e 24 anos apontam a escola como o local onde mais sofrem racismo. Por isso, a comunicação entre família e escola é vital para criar ambientes inclusivos. Raimunda Caldas destaca que “as escolas têm um papel fundamental para atingirmos a meta de número 8b do ODS 18, que aponta que as escolas devem assegurar a inclusão obrigatória de ações de educação antirracista e sobre as culturas e histórias dos povos indígenas e afrodescendentes nos currículos.”
Leis como a 10.639/2003 e a 11.645/2008 reforçam a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena na educação básica, consolidando a luta contra o racismo no ambiente escolar.
Promover a educação antirracista é um compromisso coletivo que envolve famílias, escolas, instituições e o Estado. Ao valorizar a diversidade cultural e enfrentar o racismo desde cedo, contribuímos para um futuro mais inclusivo e respeitoso para todos.
Quer saber mais? Compartilhe este conteúdo e participe da construção de uma sociedade que celebra a pluralidade e a igualdade.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA