TEA ou excesso de telas? Como identificar sinais na infância hiperconectada

Entenda os desafios do diagnóstico do autismo em crianças expostas ao uso intenso de dispositivos digitais

No cenário atual, em que a tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das crianças, distinguir entre sinais de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e efeitos do uso excessivo de telas tornou-se um desafio para famílias e profissionais. Dados recentes mostram que 2,4 milhões de brasileiros foram diagnosticados com TEA, enquanto crianças pequenas já passam em média 5,5 horas diárias diante de dispositivos digitais — um tempo maior que o dedicado ao sono REM, à leitura compartilhada e às brincadeiras ao ar livre.

Segundo Sheron Mendes, bióloga e especialista em Neurociência do Comportamento, “as funções executivas, como atenção, autocontrole e memória de trabalho, são profundamente sensíveis ao tipo de ambiente em que a criança se desenvolve”. Quando o contato afetivo, o brincar simbólico e a escuta empática são substituídos por estímulos digitais rápidos, o cérebro infantil pode reorganizar sua arquitetura, gerando comportamentos que se assemelham a sinais do espectro autista.

Essa sobreposição entre sintomas do TEA e efeitos do ambiente digital cria um dilema ético e clínico importante. “O risco é claro: medicalizar reações adaptativas e negligenciar o papel das relações humanas no desenvolvimento”, alerta Sheron. Ela destaca que o vício em telas é um fenômeno recente e pouco debatido, o que pode levar a diagnósticos apressados e rotulações equivocadas.

O convite da especialista é para que haja um diálogo mais aberto entre neurociência, educação e clínica, priorizando a escuta e a observação cuidadosa. “Precisamos substituir a pressa diagnóstica pela paciência do vínculo”, afirma. Para isso, escolas e profissionais de saúde devem conhecer o repertório digital das crianças, questionando como elas brincam, com quem se relacionam, o que assistem e por quanto tempo.

Mais do que um rótulo, muitas crianças precisam de alguém que as enxergue para além da tela. O diagnóstico de TEA exige critérios rigorosos, mas também humanidade, empatia e conhecimento científico. Em um mundo hiperconectado, o desafio é equilibrar a tecnologia com as relações humanas para garantir um desenvolvimento saudável e integral.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e no artigo da especialista Sheron Mendes, reforçando a importância de um olhar atento e contextualizado para as infâncias atuais.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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