Psicodrama e Constelações Sistêmicas: integração inovadora em live do CECS
Evento destaca obra pioneira e fortalece diálogo entre duas abordagens terapêuticas essenciais
A integração entre psicodrama e Constelações Sistêmicas foi o foco da live promovida pelo Centro de Excelência em Constelações Sistêmicas (CECS) no dia 30 de maio, com a participação da psicóloga Ariani Cabral Mol. O encontro explorou a obra pioneira *Integrating Psychodrama and Systemic Constellation Work*, de Karen Carnabucci e Ronald Anderson (2011), que propõe uma articulação técnica entre essas duas abordagens terapêuticas.
A live, intitulada “Uma contribuição do psicodrama para as Constelações”, ofereceu uma oportunidade valiosa para aprofundar as conexões entre métodos que, apesar de afinidades conceituais, ainda são pouco integrados na prática clínica. Ariani, psicóloga, psicodramatista e especialista em Constelações Sistêmicas, destacou como o psicodrama — que combina ação, emoção e representação simbólica — pode fortalecer a prática das Constelações, especialmente para profissionais em formação.
Com 29 anos de atuação na área organizacional e 20 anos de experiência clínica, Ariani também é docente e coautora de baralhos terapêuticos que promovem o sucesso profissional e a psicoterapia infantil. Sua trajetória interdisciplinar e inovadora inclui ainda formação em psicodrama com cavalos, ilustrando sua busca por abordagens vivenciais no cuidado emocional.
A presidente do CECS, Dagmar Ramos, abriu o evento ressaltando a importância da instituição, criada para garantir excelência técnica e ética na prática das Constelações no Brasil. Ela alertou para a Resolução nº 06/2025 do Conselho Nacional de Direitos Humanos, que institui um Grupo de Trabalho para acompanhar o uso da Constelação Familiar no SUS e no Judiciário, mas sem a participação de representantes da abordagem. “Solicitamos nossa presença nesse grupo. É grave discutir Constelações sem ouvir especialistas da área”, declarou.
A diretora Científica do CECS, Roseny Flávia Martins, destacou o envolvimento de Ariani nas ações de pesquisa da instituição, especialmente no levantamento de cerca de 600 referências bibliográficas nacionais e internacionais sobre Constelações Sistêmicas. Ariani identificou a obra de Carnabucci e Anderson como a única que formaliza a integração entre psicodrama e Constelações, embasando a apresentação da live.
Durante sua fala, Ariani refletiu sobre a distância entre as comunidades do psicodrama e das Constelações, ressaltando a falta de conhecimento recíproco apesar das semelhanças. Ela explicou que o psicodrama, fundado na socionomia — ciência das relações sociais e grupais —, trabalha com a espontaneidade para restaurar a criatividade do indivíduo, um princípio que dialoga com a proposta das Constelações de promover reconfigurações simbólicas e afetivas.
Ariani detalhou sua prática clínica, que inicia com o psicodrama para projetar cenas internas e segue com a Constelação para promover movimentos que reorganizam essas cenas, ampliando a escuta e o alcance terapêutico. Ela ressaltou que o livro de Carnabucci e Anderson não propõe fusão, mas uma integração respeitosa, preservando a identidade de cada abordagem.
Por fim, Ariani defendeu a ampliação do diálogo entre as áreas, enfrentando resistências acadêmicas e profissionais. “O livro rompe com o achismo. Psicodramatistas deveriam estudar as Constelações antes de rejeitá-las”, afirmou. Para ela, o avanço terapêutico depende da abertura epistemológica, onde as Constelações complementam e expandem o que o psicodrama já construiu com solidez.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do CECS.
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Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA