Jessie J revela câncer de mama em estágio inicial e alerta para aumento da doença em mulheres jovens
Diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida são essenciais diante do crescimento do câncer entre mulheres abaixo dos 50 anos
A cantora britânica Jessie J revelou recentemente que foi diagnosticada com câncer de mama em estágio inicial, aos 37 anos, trazendo à tona um alerta importante sobre o aumento dessa doença entre mulheres jovens. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ela destacou a importância do diagnóstico precoce e compartilhou a decisão de fazer uma pausa na carreira para se dedicar ao tratamento e à cirurgia, prevista para junho.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da American Cancer Society (ACS) indicam que, nas últimas três décadas, os casos de câncer em adultos com menos de 50 anos aumentaram quase 80% globalmente, com o câncer de mama liderando esse crescimento. Segundo o oncologista Dr. Daniel Gimenes, da Oncoclínicas, “o câncer, que tradicionalmente era visto como uma doença do envelhecimento e predominantemente masculina, está afetando cada vez mais mulheres jovens e em idade reprodutiva”.
Esse aumento está relacionado a diversos fatores, como mudanças nos padrões de fertilidade — incluindo o adiamento da maternidade ou a decisão de não ter filhos — que reduzem o efeito protetor da gravidez e da amamentação contra o câncer de mama. Além disso, o estilo de vida moderno, com maior consumo de álcool, sedentarismo e alterações alimentares, também contribui para esse cenário preocupante.
Outro dado alarmante é que, desde 2021, a incidência de câncer de pulmão em mulheres com menos de 65 anos superou a dos homens na mesma faixa etária, reforçando a necessidade de atenção redobrada para a saúde feminina.
No Brasil, o desafio é ainda maior devido à população relativamente jovem e às desigualdades regionais no acesso ao diagnóstico e tratamento. “Nossa população é relativamente jovem em comparação com países desenvolvidos, e enfrentamos desafios adicionais como as disparidades regionais no acesso ao diagnóstico precoce e tratamento”, destaca Gimenes. Além disso, disparidades raciais refletem taxas de mortalidade até três vezes maiores entre populações negras e nativas.
Apesar do cenário preocupante, cerca de 40% dos casos de câncer podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida, como manter peso saudável, praticar atividade física, moderar o consumo de álcool e evitar o tabagismo. O diagnóstico precoce é fundamental, e o médico reforça: “Mesmo antes da idade recomendada para mamografia de rotina, é imperativo que as mulheres contem com acompanhamento médico e não deixem de buscar aconselhamento especializado em caso de qualquer sinal de alerta”.
Os avanços nos tratamentos oncológicos trazem esperança, com terapias mais eficazes e personalizadas que permitem a manutenção da qualidade de vida durante e após o tratamento. Contudo, é essencial que os sistemas de saúde se adaptem a essa nova realidade, ampliando o acesso a exames preventivos e conscientização, especialmente em regiões vulneráveis.
A história de Jessie J é um lembrete poderoso da importância da atenção à saúde feminina e da necessidade de diálogo aberto sobre o câncer entre mulheres jovens. Compartilhar informações e promover a prevenção são passos fundamentais para enfrentar esse desafio crescente.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Oncoclínicas e informações da OMS e American Cancer Society.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA