Uso de testosterona em mulheres: quando é indicado e como garantir segurança no tratamento
Entenda os benefícios e riscos da reposição de testosterona feminina com orientação médica especializada
O uso de testosterona em mulheres ainda gera dúvidas e preconceitos, muitas vezes por falta de informação adequada. Em alusão ao Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, celebrado em 28 de maio, o ginecologista Dr. Ricardo Barone esclarece os principais aspectos sobre a reposição hormonal com testosterona, destacando quando ela deve ser indicada, seus benefícios reais e os riscos do uso inadequado, com base em dados da assessoria de imprensa.
Desde o Consenso de Princeton, em 2002, a deficiência androgênica feminina é reconhecida como uma condição médica legítima. A partir dos 35 anos, os níveis naturais de testosterona nas mulheres começam a diminuir, intensificando-se após os 40 anos. Essa queda hormonal está associada a sintomas como fadiga persistente, insônia, alterações de humor, perda de massa muscular, ganho de peso e, principalmente, redução do desejo sexual, conhecida como desejo sexual hipoativo.
Além de influenciar a libido, a testosterona afeta a sensibilidade clitoriana, a elasticidade da pele e funções cognitivas. “Estudos demonstram que a reposição adequada melhora o fluxo sanguíneo na região genital, resultando em orgasmos mais intensos e maior prazer, o que contribui para a melhora da qualidade de vida sexual da mulher”, explica o especialista.
A reposição hormonal com testosterona, quando feita em doses fisiológicas — ou seja, compatíveis com as necessidades do organismo feminino — apresenta risco praticamente nulo de efeitos colaterais. “Não estamos falando de uma substância estranha ao corpo da mulher. O problema não é a testosterona, mas sim o uso inadequado, sem acompanhamento e em doses suprafisiológicas”, alerta Dr. Barone. As formas mais seguras e eficazes de administração incluem o gel transdérmico e implantes subcutâneos, sempre prescritos por ginecologistas ou endocrinologistas especializados em saúde hormonal feminina.
Por outro lado, o uso indiscriminado de testosterona ou hormônios androgênicos sintéticos em doses elevadas, especialmente com fins estéticos ou para ganho de massa muscular, pode causar efeitos colaterais graves. Entre eles estão alterações hepáticas, hipertrofia cardíaca, engrossamento da voz, aumento do clitóris, acne, oleosidade da pele, queda de cabelo, alterações no colesterol e maior risco cardiovascular. “A grande preocupação é quando profissionais sem formação adequada prescrevem esteroides anabolizantes para mulheres visando apenas a estética, o que desvirtua o uso terapêutico da testosterona e prejudica sua imagem”, destaca o médico.
Outro ponto importante é o impacto da testosterona na fertilidade feminina. A deficiência desse hormônio pode afetar negativamente a função ovariana, e a reposição adequada pode ser parte de protocolos de reprodução assistida. Contudo, doses excessivas podem desregular o eixo hormonal e dificultar a concepção.
Em resumo, a testosterona deve ser vista como uma ferramenta terapêutica legítima e segura para mulheres, desde que utilizada com responsabilidade e acompanhamento médico especializado. “Em medicina hormonal, a dose faz toda a diferença entre o tratamento e o problema. Por isso, a orientação médica é imprescindível”, conclui Dr. Ricardo Barone.
Se você tem dúvidas sobre sintomas relacionados à deficiência hormonal ou deseja saber se a reposição de testosterona é indicada para o seu caso, procure um especialista qualificado. Compartilhe este conteúdo para ajudar a desmistificar o uso da testosterona em mulheres e incentive o debate saudável sobre saúde feminina.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA