O impacto dos ultraprocessados na saúde digestiva: riscos silenciosos que você precisa conhecer
Entenda como o consumo crescente de ultraprocessados afeta a microbiota intestinal e aumenta doenças gastrointestinais
O consumo de alimentos ultraprocessados tem crescido de forma alarmante no Brasil, trazendo consequências silenciosas, porém graves, para a saúde digestiva da população. Dados recentes da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e estudos científicos apontam que esses produtos, apesar da praticidade e sabor atraente, estão diretamente ligados ao aumento de doenças gastrointestinais como disbiose, gastrite, Síndrome do Intestino Irritável (SII) e até câncer colorretal.
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), publicada na revista Clinical Nutrition, acompanhou 728 crianças do Acre e revelou que o consumo desses alimentos já no primeiro ano de vida prejudica a microbiota intestinal, favorecendo a proliferação de bactérias nocivas. O impacto é ainda mais severo em crianças que não foram amamentadas, evidenciando a vulnerabilidade dessa parcela da população desde os primeiros meses.
Os ultraprocessados são compostos por aditivos químicos, emulsificantes e conservantes que comprometem o equilíbrio da microbiota intestinal, essencial para uma digestão saudável. Quando esse equilíbrio é alterado, surgem processos inflamatórios silenciosos que podem evoluir para doenças digestivas crônicas. Além disso, o consumo excessivo desses produtos enfraquece a barreira intestinal — uma proteção natural que impede a passagem de substâncias nocivas para a corrente sanguínea — aumentando o risco de doenças autoimunes e inflamatórias.
Outro ponto crítico é a relação entre ultraprocessados e problemas metabólicos. Ricos em gorduras trans e açúcares refinados, esses alimentos contribuem para a resistência à insulina, inflamações crônicas e obesidade, fatores que agravam ainda mais a saúde do trato gastrointestinal. A baixa presença de fibras nesses produtos dificulta o trânsito intestinal, elevando o risco de constipação e outras doenças inflamatórias.
Diante desse cenário, a FBG reforça a importância de rever os hábitos alimentares e priorizar uma dieta equilibrada, rica em alimentos naturais e fibras, para fortalecer a microbiota intestinal e proteger a saúde digestiva. A mudança deve ser incentivada não só individualmente, mas também por meio de políticas públicas que promovam a educação alimentar e a redução do consumo de ultraprocessados.
Proteger a saúde digestiva é um compromisso coletivo que começa na escolha diária do que colocamos no prato. Compartilhe este conteúdo e ajude a conscientizar mais pessoas sobre os riscos silenciosos dos ultraprocessados para o nosso organismo.
Conteúdo produzido com base em dados da assessoria de imprensa da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA