Imunoterapia no pós-operatório renova esperança para câncer de cabeça e pescoço, revela ASCO 2025

Estudo francês destaca redução significativa do risco de recidiva com nivolumabe em pacientes de alto risco

Um avanço promissor no tratamento do câncer de cabeça e pescoço foi revelado na sessão plenária da ASCO 2025, o maior congresso mundial de oncologia. O estudo francês de fase 3 NIVOPOSTOP (GORTEC 2018-01) demonstrou que a imunoterapia com nivolumabe, administrada no pós-operatório, reduz significativamente o risco de recidiva em pacientes com carcinoma espinocelular localmente avançado e de alto risco.

Coordenada pelo Groupe Oncologie Radiothérapie Tête et Cou (GORTEC), a pesquisa envolveu 680 pacientes que passaram por cirurgia para remoção do tumor em regiões como cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe. Todos apresentavam fatores de alto risco, como extensão extracapsular ou margens cirúrgicas comprometidas.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: um recebeu o tratamento padrão com radioterapia associada a três ciclos de cisplatina, enquanto o outro recebeu o mesmo protocolo acrescido de nivolumabe, um anticorpo anti-PD-1 que atua na imunoterapia. O grupo que recebeu a combinação apresentou melhora estatisticamente significativa e clinicamente relevante na sobrevida livre de doença (DFS), principal desfecho avaliado.

Segundo o oncologista William Nassib William Jr., da Oncoclínicas, “é muito raro vermos câncer de cabeça e pescoço ocupando esse espaço no congresso. Isso sinaliza o potencial impacto dessa estratégia na prática clínica. Pela primeira vez, temos uma opção terapêutica que realmente melhora os desfechos nesse contexto, onde outras tentativas falharam”.

O estudo também confirmou que a segurança do nivolumabe é consistente com dados anteriores, sem comprometer a adesão ao tratamento padrão. Além disso, houve uma tendência positiva na sobrevida global, que será confirmada com a análise final dos dados, prevista para 1º de junho durante o congresso.

Este avanço representa uma nova esperança para pacientes que enfrentam um dos maiores desafios da oncologia: o câncer de cabeça e pescoço localmente avançado com alto risco de recidiva. Mesmo após cirurgia e quimiorradioterapia, muitos pacientes sofrem com retornos precoces da doença, impactando negativamente as chances de cura.

“Até hoje, nenhuma abordagem adjuvante tinha conseguido modificar de forma consistente esse cenário. Esse estudo abre a possibilidade real de aumentar a taxa de cura, algo que tem enorme valor para esses pacientes”, destaca o especialista da Oncoclínicas.

Com resultados robustos e reconhecimento na plenária da ASCO, o NIVOPOSTOP pode acelerar a incorporação da imunoterapia adjuvante nas diretrizes clínicas internacionais, sinalizando uma nova fase no tratamento do câncer de cabeça e pescoço de alto risco.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Oncoclínicas, reforçando a importância da inovação e da pesquisa contínua para transformar o cuidado oncológico e oferecer melhores perspectivas aos pacientes.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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