Combinação de ribociclibe e terapia hormonal reduz 25% risco de recidiva no câncer de mama

Estudo internacional NATALEE revela avanço promissor para o tratamento do subtipo mais comum do câncer de mama

No Dia Internacional da Luta pela Saúde da Mulher, celebrado em 28 de maio, um estudo internacional trouxe uma notícia animadora para pacientes com câncer de mama. O ensaio clínico NATALEE, realizado em 20 países com a participação do Hospital Moinhos de Vento, mostrou que a combinação do medicamento ribociclibe com a terapia hormonal reduz em 25% o risco de recidiva em pacientes com câncer de mama inicial do subtipo hormonal positivo (HR+) e HER2 negativo (HER2-), o mais prevalente entre as mulheres.

Esse subtipo representa cerca de 75% dos casos de câncer de mama. Apesar da terapia endócrina padrão, aproximadamente 13% das pacientes enfrentam recidiva nos primeiros três anos após o tratamento, com risco que pode se estender por até 20 anos. O estudo NATALEE acompanhou 5.101 mulheres, divididas em dois grupos: um recebeu ribociclibe associado à hormonioterapia (inibidores da aromatase não esteroidais) e o outro apenas a terapia hormonal. Após 33 meses, o grupo que usou ribociclibe apresentou uma taxa de sobrevida livre de recidiva de 90,7%, contra 87,6% do grupo controle, um benefício absoluto de 3,1%.

“O principal diferencial do tratamento está na adição dessa medicação ao padrão, melhorando a perspectiva de diminuir o risco de retorno do câncer”, destaca José Roberto Rossari, oncologista clínico do Hospital Moinhos de Vento e pesquisador do estudo. O efeito positivo foi consistente em pacientes com câncer em estágios II e III, com ou sem comprometimento dos linfonodos.

Embora os dados de sobrevida global ainda sejam preliminares, as taxas foram elevadas em ambos os grupos: 97,0% com ribociclibe e 96,1% sem o medicamento, indicando potencial benefício a longo prazo. O NATALEE é um ensaio clínico multicêntrico, fase III, que avaliou o uso do ribociclibe após cirurgia e tratamentos iniciais, como radioterapia e quimioterapia, em pacientes de alto risco.

Segundo Sérgio Roithmann, chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, “a medicação combinada à terapia hormonal padrão tem o potencial de atuar tanto na prevenção do reaparecimento do câncer quanto no controle de casos recorrentes”. O estudo representa um avanço importante para a medicina personalizada, oferecendo uma opção terapêutica mais eficaz para milhares de mulheres.

Dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) indicam que, em 2022, foram registrados 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama no mundo, com 670 mil mortes. A projeção para 2050 é de crescimento para 3,3 milhões de casos e 1,1 milhão de óbitos anuais. No Brasil, espera-se um aumento de 54,5% nos novos casos, passando de 94,7 mil em 2022 para 146,3 mil em 2050.

Este avanço reforça a importância da pesquisa clínica e do acesso a tratamentos inovadores para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico das pacientes com câncer de mama. Compartilhe esta informação e ajude a ampliar a conscientização sobre a luta contra essa doença.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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