Câncer renal avançado: estudo com CAR-T alogênica apresenta avanços na ASCO 2025
Pesquisa inédita revela potencial promissor da terapia celular CAR-T no tratamento do carcinoma de células claras do rim
Um estudo inovador apresentado na ASCO 2025, o maior congresso mundial de oncologia, traz esperança para pacientes com câncer renal avançado. A pesquisa de fase 1 TRAVERSE avaliou o uso da terapia celular CAR-T alogênica no tratamento do carcinoma de células claras do rim (ccRCC), um tipo agressivo de tumor sólido ainda pouco explorado por essa tecnologia.
De acordo com dados da assessoria de imprensa da Oncoclínicas&Co, o tratamento utiliza células CAR-T provenientes de doadores saudáveis, programadas para atacar tumores que expressam o marcador CD70, altamente presente no ccRCC. Diferente das terapias autólogas, que dependem das próprias células do paciente, essa abordagem “off-the-shelf” permite um processo mais rápido e padronizado, com células já preparadas para uso imediato.
O líder nacional em tumores urológicos da Oncoclínicas, Denis Jardim, destaca que “o estudo TRAVERSE é um dos grandes destaques, por trazer uma proposta inovadora para o câncer renal, que é o uso das CAR-T Cells — algo até então praticamente restrito a linfomas e leucemias”.
Entre os 39 pacientes tratados, muitos já submetidos a múltiplas linhas de tratamento, 20% apresentaram resposta clínica positiva, com a taxa subindo para 33% em casos com alta expressão do marcador CD70. Importante ressaltar que todas as respostas permaneceram ativas após cerca de sete meses de acompanhamento.
A segurança do tratamento também foi avaliada como manejável. Apenas dois pacientes tiveram reações que exigiram ajuste de dose, e um apresentou síndrome de liberação de citocinas, um efeito colateral grave, mas controlado. Nenhum caso de doença do enxerto contra o hospedeiro (GvHD) foi registrado, o que é uma notícia positiva para a viabilidade da terapia alogênica.
Denis Jardim reforça que “esses dados são animadores porque mostram que é possível levar uma terapia celular com células de doadores para tratar tumores sólidos, com segurança e sinais de eficácia, mesmo em pacientes que já tentaram várias outras opções de tratamento. Contudo, ainda são necessários mais estudos”.
A Allogene Therapeutics, responsável pelo desenvolvimento da terapia ALLO-316, já concluiu a fase 1b do estudo TRAVERSE e recebeu a designação de Terapia Avançada em Medicina Regenerativa (RMAT) pela FDA, o que acelera o desenvolvimento de tratamentos com potencial transformador.
Este avanço representa uma nova fronteira na imunoterapia para tumores sólidos, especialmente no câncer renal, abrindo caminho para estudos mais amplos e, futuramente, para a incorporação dessa tecnologia na prática clínica. Como afirma Denis Jardim, “estamos diante de uma nova fronteira em imunoterapia. O sucesso das CAR-Ts em tumores hematológicos nos mostrou o caminho, e agora, com estudos como o ALLO-316, começamos a trilhar essa rota também nos tumores sólidos”.
Este estudo reforça a importância da inovação e da pesquisa contínua para ampliar as opções terapêuticas e melhorar o prognóstico de pacientes com câncer renal avançado. Compartilhe este conteúdo para ampliar o conhecimento sobre as novas possibilidades no tratamento oncológico.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA