Brasileira apresenta proposta inovadora para fortalecer agricultura familiar no palco europeu
Pesquisa destaca o potencial das Indicações Geográficas para valorizar produtos de origem animal e promover desenvolvimento rural sustentável
Com dados fornecidos pela assessoria de imprensa, a médica veterinária Paula Eloize, especialista em segurança dos alimentos, foi convidada para apresentar sua pesquisa científica em um evento europeu de grande relevância. O encontro, promovido pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa, acontecerá no dia 7 de junho, data que marca o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, e reunirá acadêmicos, profissionais da indústria alimentícia, órgãos reguladores e pesquisadores de diversos países.
O tema central do evento, “Food Safety: Science in Action”, visa discutir o papel da ciência na construção de sistemas alimentares mais seguros e sustentáveis. A programação conta com a colaboração do Laboratório Associado AL4AnimalS, referência em sanidade e segurança alimentar na União Europeia. Paula Eloize será a única representante brasileira, apresentando os resultados parciais de sua pesquisa de doutorado, que propõe o fortalecimento da agricultura familiar brasileira por meio da ampliação do uso das Indicações Geográficas (IGs), especialmente para produtos de origem animal.
As Indicações Geográficas são selos que certificam que um produto é originário de uma região específica, com características únicas atribuídas a fatores naturais e humanos. “Produtos com IG não são apenas alimentos, são expressões de identidade, tradição e saberes locais. Valorizar isso é também fortalecer quem produz de forma sustentável em pequena escala”, afirma Paula. Apesar de consolidada na Europa, essa certificação ainda é pouco explorada no Brasil, principalmente para alimentos de origem animal.
Atualmente, o Brasil possui 101 produtos registrados com IG, dos quais apenas 15 são de origem animal. O Paraná, estado onde Paula atua, é o terceiro com mais registros, segundo dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). “Mais do que uma certificação técnica, a IG pode se tornar uma estratégia de desenvolvimento rural, gerando valor agregado, reconhecimento de território e melhores condições de vida para os agricultores familiares”, destaca a pesquisadora.
A pesquisa de Paula busca contribuir com dados técnicos e científicos para subsidiar novas legislações e políticas públicas que promovam o fortalecimento da agricultura familiar por meio das IGs. A participação dela no evento europeu reforça a presença da ciência brasileira em debates internacionais e destaca o potencial dos produtos regionais como caminho legítimo para uma segurança alimentar mais justa, diversa e conectada às raízes culturais dos produtores.
Este é um passo importante para valorizar a produção local e sustentável, incentivando o reconhecimento dos saberes tradicionais e a geração de renda para pequenos agricultores. Compartilhe este conteúdo para apoiar a valorização da agricultura familiar e a segurança dos alimentos no Brasil e no mundo.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA