Endometriose atinge 6,5 milhões de brasileiras e o diagnóstico pode levar até 7 anos

Doença comum e subdiagnosticada, a endometriose impacta a fertilidade e qualidade de vida das mulheres no Brasil

A endometriose é uma doença que afeta cerca de 6,5 milhões de brasileiras, segundo levantamento da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Apesar de sua alta incidência, a condição permanece amplamente subdiagnosticada e muitas vezes normalizada, o que contribui para o atraso no tratamento e agrava os impactos na saúde da mulher.

Caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero, a endometriose provoca dor pélvica intensa, especialmente durante o período menstrual, e pode evoluir para quadros crônicos. No Brasil, o tempo médio para o diagnóstico é de até sete anos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE). Essa demora gera insegurança e sofrimento, além de prejudicar a fertilidade feminina, já que a doença é uma das principais causas de infertilidade no país.

O cirurgião oncológico Marcelo Vieira, com mais de 20 anos de experiência em técnicas minimamente invasivas, destaca que a subestimação da doença na sociedade e em serviços de saúde dificulta o reconhecimento precoce dos sintomas. “Esse cenário ajuda a agravar o sofrimento das pacientes e compromete sua qualidade de vida e capacidade reprodutiva”, afirma.

Nos casos mais graves, conhecidos como endometriose profunda, o tecido pode afetar órgãos como ovários, intestino, bexiga e nervos pélvicos, causando lesões complexas que alteram a anatomia reprodutiva. Nesses casos, a cirurgia é frequentemente necessária. A videolaparoscopia é a técnica preferida, pois permite uma intervenção precisa e menos agressiva, preservando a fertilidade da paciente.

Marcelo Vieira ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar e especializada: “Uma paciente pode passar por cinco cirurgias sem melhora se a abordagem for rasa, incompleta ou feita por profissionais sem experiência específica. O conhecimento técnico e o olhar multidisciplinar fazem toda a diferença.”

Além dos sintomas físicos, a endometriose afeta a saúde emocional, a vida sexual e o desempenho profissional das mulheres. Por isso, o tratamento deve considerar o impacto global da doença na rotina da paciente, com acolhimento e base em evidências clínicas.

A boa notícia é que, com diagnóstico precoce, tratamento adequado e uma equipe especializada, é possível controlar a endometriose profunda e preservar o sonho da maternidade. Para isso, é fundamental que a dor deixe de ser vista como algo “normal” e passe a ser um sinal de alerta para investigação médica.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e entrevistas com especialistas. Se você convive com sintomas como dor pélvica intensa, procure um profissional de saúde para avaliação. Compartilhe este post para ajudar a conscientizar mais mulheres sobre a importância do diagnóstico e tratamento da endometriose.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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