Dia Mundial Sem Tabaco: cardiologista alerta para riscos dos cigarros eletrônicos em jovens
Uso crescente de vapes entre adolescentes traz sérios perigos ao coração, alerta especialista do Instituto de Cardiologia do RS
No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, um alerta importante vem ganhando destaque: o uso crescente de cigarros eletrônicos e dispositivos de tabaco aquecido entre jovens. Embora muitas vezes vistos como uma alternativa “menos nociva” ao cigarro tradicional, esses aparelhos apresentam riscos significativos à saúde cardiovascular, conforme destaca o cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães, médico intensivista do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.
Segundo o especialista, “a nicotina continua presente e altamente viciante, e os efeitos cardiovasculares são semelhantes aos do cigarro tradicional: aumento da pressão arterial, taquicardia, risco de arritmias e inflamação das artérias”. Essa constatação é preocupante, pois muitos jovens acreditam que a ausência de fumaça torna o uso dos vapes mais seguro. Na realidade, esses dispositivos liberam aerossóis que contêm partículas ultrafinas, solventes e metais pesados como níquel, chumbo e cádmio, que afetam diretamente o sistema cardiovascular.
Dr. Guimarães relata que já atendeu jovens com sintomas como palpitações, alterações súbitas da pressão arterial e arritmias relacionadas ao uso frequente desses produtos. “É uma nova epidemia cardiovascular”, alerta o cardiologista, ressaltando que o apelo visual dos cigarros eletrônicos — com sabores adocicados e embalagens modernas — disfarça o perigo clássico da exposição precoce à nicotina. “Estudos mostram que quanto mais cedo o jovem entra em contato com a nicotina, maior a chance de se tornar dependente e desenvolver doenças crônicas, principalmente cardiovasculares.”
Apesar da proibição da comercialização desses dispositivos no Brasil, o acesso é facilitado pelo contrabando, o que dificulta o controle e a fiscalização. O médico enfatiza a importância do combate ao comércio ilegal e da atenção dos pais, que muitas vezes desconhecem os danos reais desses aparelhos e não orientam seus filhos adequadamente.
O cenário atual lembra o início da popularização do cigarro tradicional, quando o crescimento do consumo precedeu o aumento das doenças relacionadas ao tabagismo. “Estamos diante de um cenário semelhante ao que vimos com o cigarro convencional nas décadas passadas: primeiro a popularização, depois a explosão de doenças”, afirma Guimarães.
Para conter essa nova ameaça à saúde pública, o cardiologista defende políticas públicas robustas, ações educativas nas escolas e vigilância rigorosa sobre o comércio ilegal. “Não estamos falando apenas de escolhas individuais, mas de saúde pública. Proteger os jovens hoje significa reduzir o número de infartos, AVCs e mortes evitáveis no futuro”, conclui.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Instituto de Cardiologia do RS, reforçando a importância de conscientizar a população sobre os riscos ocultos dos cigarros eletrônicos, especialmente entre os jovens. Compartilhe este alerta e ajude a proteger quem você ama!
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Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA