Maternidade ainda é vista como barreira para mais de 60% das mulheres no mercado de trabalho
Pesquisa revela desafios e estereótipos que dificultam a carreira das mães e aponta caminhos para a mudança
Dados recentes da 31ª edição do Índice de Confiança Robert Half, divulgados em maio de 2025, mostram que a maternidade continua sendo um obstáculo para a carreira de muitas mulheres no Brasil. Segundo a pesquisa, 64% das profissionais enxergam a maternidade como uma barreira no mercado de trabalho, enquanto 43% dos homens reconhecem esse desafio enfrentado pelas mulheres.
Esse cenário revela uma pressão desproporcional sobre as mães, que precisam lidar não só com as responsabilidades familiares, mas também com estereótipos e expectativas no ambiente profissional. Por exemplo, 26% das mulheres afirmam sentir a necessidade de provar sua competência após a maternidade, uma percepção que apenas 13% dos homens compartilham. Além disso, 35% das mulheres apontam os estereótipos de liderança — associados a traços masculinos como ambição e autossuficiência — como um entrave para seu crescimento, contra 26% dos homens.
A pesquisa também destaca os principais obstáculos para o avanço profissional das mães: a percepção de menor disponibilidade e comprometimento, o receio de custos adicionais com licenças e horários flexíveis, a dificuldade de conciliar trabalho e família sem suporte adequado, a falta de políticas estruturadas como creches e licenças prolongadas, e a presença de estereótipos de gênero na liderança.
Apesar dos desafios, há sinais positivos. Quase metade dos tomadores de decisão (42%) acredita que o panorama está melhorando, impulsionado por uma nova geração que valoriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e busca empresas com políticas inclusivas. Ana Carla Guimarães, diretora de recrutamento executivo da Robert Half, destaca que a transformação depende de ações concretas, como jornadas flexíveis, modelos híbridos, programas de retorno após a licença-maternidade e capacitação das lideranças para lidar com o tema com empatia e inteligência emocional.
Outro ponto importante é a ampliação da licença-paternidade, que ajuda a equilibrar as responsabilidades familiares e permite que as mães avancem com mais autonomia na carreira.
Este levantamento reforça a importância de repensar as estruturas corporativas para garantir que a maternidade não seja mais vista como um obstáculo, mas sim como uma experiência que agrega habilidades valiosas ao ambiente de trabalho.
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[Imagem ilustrativa: mulher profissional com filho, simbolizando equilíbrio entre carreira e maternidade]
Fonte: Assessoria de imprensa Robert Half, maio de 2025.