É possível nascer com doenças inflamatórias intestinais? Entenda os sinais e cuidados

Você sabia que, embora raro, é possível nascer com doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa? Essas condições, que geralmente aparecem na adolescência ou início da vida adulta, podem se manifestar já nos primeiros anos de vida, em casos chamados de DIIs de início muito precoce.

De acordo com o Dr. Lucas Nacif, cirurgião do aparelho digestivo e membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), essas formas precoces são associadas a alterações genéticas e imunológicas que afetam a maneira como o corpo lida com a flora intestinal. “Não é comum, mas é possível. Nesses casos, o quadro tende a ser mais agressivo e resistente aos tratamentos convencionais”, explica o especialista.

Os sintomas que merecem atenção incluem diarreia frequente e difícil de controlar, presença de sangue nas fezes, baixo ganho de peso, atraso no desenvolvimento e irritabilidade constante. Quando esses sinais aparecem em bebês ou crianças pequenas, é fundamental buscar avaliação médica especializada para evitar complicações.

O diagnóstico das DIIs envolve uma série de exames, começando por análises de sangue e fezes para identificar inflamação ou infecções. Em seguida, exames de imagem e procedimentos como endoscopias e colonoscopias com biópsias são realizados para confirmar a doença e definir seu tipo. Nos casos muito precoces, testes genéticos e imunológicos são essenciais para investigar possíveis erros inatos da imunidade.

Por serem raras e apresentarem sintomas semelhantes a alergias alimentares ou infecções comuns, as DIIs de início precoce representam um desafio diagnóstico. Por isso, o acompanhamento atento e o diagnóstico precoce são fundamentais para iniciar tratamentos adequados, que podem incluir terapias imunológicas e suporte multidisciplinar.

O Dr. Lucas Nacif destaca que o conhecimento e a atenção aos sinais fora do esperado podem fazer toda a diferença na vida das crianças afetadas. Se você percebe sintomas persistentes em seu filho ou conhece alguém nessa situação, não hesite em procurar um especialista.

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Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa do Dr. Lucas Nacif, especialista em cirurgia do aparelho digestivo e membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Para acompanhar mais dicas e novidades, siga o Dr. Lucas no Instagram: @dr.lucasnacif_gastrocirurgia.

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