Dia Mundial Sem Tabaco: Vape causa danos graves à saúde bucal, alerta dentista
Entenda como o cigarro eletrônico afeta gengivas, paladar e cicatrização, e saiba como proteger sua boca
No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, especialistas reforçam os riscos do uso do cigarro eletrônico, popularmente conhecido como vape, para a saúde bucal. Segundo o cirurgião-dentista Dr. Marcelo Kyrillos, da clínica Ateliê Oral em São Paulo, os danos provocados pelo vape podem ser até mais severos que os do cigarro tradicional, afetando gengivas, paladar e a capacidade de cicatrização da boca.
Dados recentes de instituições como a American Dental Association indicam que o vape altera a microbiota oral de forma distinta, favorecendo inflamações ainda pouco estudadas. O Dr. Kyrillos destaca que a nicotina presente no vape reduz o fluxo sanguíneo na gengiva, enfraquecendo a defesa natural contra bactérias e provocando gengivite e periodontite — doenças que, se não tratadas, podem levar à perda óssea.
Além disso, o propilenoglicol, componente comum nos líquidos do vape, causa ressecamento intenso da boca ao reduzir a produção de saliva, um importante mecanismo de proteção natural. Isso aumenta o risco de mau hálito, aftas, irritações e cáries. Outro efeito preocupante é a irritação crônica das papilas gustativas causada pelo calor e produtos químicos do vapor, que pode levar à perda irreversível do paladar.
A nicotina também compromete a cicatrização após procedimentos odontológicos, como extrações e implantes, devido à menor irrigação sanguínea. Isso não só retarda a recuperação como pode mascarar sinais clássicos de doenças gengivais, como o sangramento, dificultando o diagnóstico precoce.
Os primeiros sintomas, como boca seca, mau hálito e irritação, podem surgir já nas primeiras semanas de uso contínuo, especialmente em pessoas com higiene oral deficiente. O dentista alerta que, embora muitos danos possam ser revertidos com a interrupção do uso do vape e cuidados adequados, retrações gengivais severas e perda óssea podem ser permanentes.
Para quem deseja parar de usar o cigarro eletrônico, o Dr. Kyrillos recomenda: escovação correta e uso diário do fio dental, consultas odontológicas regulares a cada três meses, uso de enxaguantes bucais anti-inflamatórios prescritos, hidratação constante da boca e apoio psicológico ou médico para cessação da nicotina.
“Se notar sinais como mau hálito persistente, sangramento gengival, boca seca ou aftas frequentes, procure um dentista imediatamente”, reforça o especialista.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da clínica Ateliê Oral.
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