Censo 2022 revela 2,4 milhões de brasileiros com autismo e destaca desafios da conscientização

Entenda os dados inéditos do IBGE sobre o Transtorno do Espectro Autista e a importância do diagnóstico precoce

O Censo 2022, divulgado pelo IBGE, trouxe um dado inédito e relevante para o Brasil: 2,4 milhões de pessoas possuem diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população. Essas informações foram compartilhadas pela assessoria de imprensa da MF Press Global, com contribuições do físico e mestrando em psicologia Adriel Silva, que atua como pesquisador no CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito.

Os números confirmam tendências observadas mundialmente, como a maior prevalência do autismo entre homens, com 1,5%, contra 0,9% entre mulheres. A faixa etária com maior incidência é de crianças entre 5 e 9 anos, onde o percentual sobe para 2,6%, chegando a 3,8% entre meninos dessa idade. Outro dado importante é que pessoas brancas apresentam maior taxa de diagnóstico (1,3%), enquanto indígenas têm a menor (0,9%). Além disso, a taxa de escolarização entre pessoas com TEA é superior à média geral, refletindo a presença significativa na faixa etária escolar.

Segundo Adriel Silva, “o autismo é um espectro, com diferentes perfis e necessidades. Por isso, é fundamental ampliar a conscientização para que as pessoas entendam que cada indivíduo autista é único e requer acompanhamento personalizado”. Ele destaca que o diagnóstico não é feito por exames laboratoriais, mas por avaliações clínicas detalhadas que analisam comunicação, interação social e comportamentos repetitivos.

Os principais sinais do TEA incluem dificuldades na interação social, atraso na fala ou na comunicação não verbal, interesses restritos, comportamentos repetitivos e sensibilidade sensorial a estímulos como sons e luzes. O diagnóstico precoce é essencial para que intervenções possam melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento das pessoas autistas.

Apesar dos avanços, a conscientização ainda é um desafio. Adriel Silva ressalta que “muitos adultos só agora conseguem compreender suas experiências e buscar apoio, pois não foram identificados na infância”. Ele reforça a importância de informações precisas, acompanhamento contínuo e respeito às diferenças dentro do espectro.

Este levantamento do IBGE reforça a necessidade de políticas públicas, educação inclusiva e apoio especializado para garantir que todas as pessoas com TEA tenham acesso a um desenvolvimento pleno e uma vida digna. Compartilhe este conteúdo para ajudar a ampliar o conhecimento sobre o autismo e apoiar a construção de uma sociedade mais inclusiva.

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