Brasil é reconhecido pela OMSA como zona livre de Febre Aftosa sem vacinação, avanço histórico para a pecuária
O Estado de São Paulo lidera o caminho para a certificação que abre portas para novos mercados e fortalece a sustentabilidade do setor
A Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) oficializou nesta quinta-feira, 29 de maio, em Paris, o reconhecimento do Brasil, incluindo o Estado de São Paulo, como zona livre de Febre Aftosa sem vacinação. A cerimônia ocorreu durante a 92ª Assembleia Geral dos Delegados Nacionais da OMSA, reunindo representantes internacionais e nacionais, além de órgãos públicos e privados ligados à agropecuária, como a Defesa Agropecuária de São Paulo, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).
Este importante reconhecimento é fruto de décadas de trabalho dedicado à sanidade do rebanho paulista. Para alcançar esse status, São Paulo cumpriu rigorosamente as exigências do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE/PNEFA), incluindo a suspensão da vacinação por 12 meses, após a última campanha realizada em novembro de 2023. Desde então, a Defesa Agropecuária intensificou a vigilância ativa e passiva, capacitou equipes e promoveu a educação sanitária junto aos produtores rurais.
A Febre Aftosa, doença viral altamente contagiosa que afeta bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos, não é registrada em São Paulo desde 1996 e no Brasil desde 2006. A ausência da doença foi confirmada por estudos soroepidemiológicos realizados em 2024, que demonstraram a inexistência do vírus no rebanho paulista.
Para Guilherme Piai, Secretário de Agricultura e Abastecimento, “o reconhecimento do Brasil como zona livre de Febre Aftosa sem vacinação representa um novo capítulo para a pecuária, abrindo portas para novos mercados e valorizando o trabalho dos produtores.” Luiz Henrique Barrochelo, coordenador da Defesa Agropecuária, reforça que “essa conquista é resultado de um esforço coletivo e da dedicação de muitos profissionais.”
Com uma população de aproximadamente 10 milhões de bovídeos, além de suínos, ovinos e caprinos, São Paulo consolida sua posição como um dos maiores exportadores de carne bovina do país, agora com potencial para ampliar sua presença em mercados internacionais exigentes, como o Japão.
A Defesa Agropecuária mantém ações rigorosas de vigilância, fiscalização e capacitação para garantir a detecção precoce de qualquer possível reintrodução da doença, protegendo o patrimônio pecuário e a economia do setor.
Este avanço reforça o compromisso do Brasil com a excelência sanitária e a sustentabilidade do agronegócio, beneficiando produtores, consumidores e toda a cadeia produtiva.
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Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.