Alerta Sanitário: Novo Foco de Gripe Aviária H5N1 Reforça Risco de Mutações com Potencial Pandêmico

Especialistas destacam a importância da vigilância integrada para prevenir a disseminação do vírus altamente letal no Brasil

A confirmação de um novo foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no Brasil acendeu um alerta sanitário nacional, ampliando a atenção das autoridades de saúde para os riscos associados a esse vírus altamente patogênico. A informação, atualizada pela assessoria de imprensa, reforça a necessidade de vigilância ampliada e ações coordenadas entre os setores de saúde humana, animal e ambiental.

Segundo o médico infectologista Dr. Klinger Soares Faíco Filho, professor adjunto da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, a presença do vírus em ambientes de produção intensiva representa um cenário preocupante. “A produção em larga escala significa milhares de aves suscetíveis em contato direto com humanos, o que eleva significativamente a chance de mutações adaptativas no vírus”, explica. Ele destaca que, biologicamente, quanto mais o vírus se replica, maior a probabilidade de ocorrerem erros genéticos que podem facilitar a transmissão sustentada entre humanos — o principal temor global em relação ao H5N1.

Embora a transmissão interpessoal do H5N1 ainda seja considerada rara, o vírus apresenta uma letalidade superior a 50% nos casos humanos registrados, o que o torna uma ameaça silenciosa, porém real. Além disso, há registros recentes de infecção em mamíferos, como visons, gado leiteiro e felinos, em países como Estados Unidos, Chile e Reino Unido, o que aumenta a preocupação com o potencial salto entre espécies.

Na prática clínica, o diagnóstico do H5N1 pode ser desafiador, pois seus sintomas iniciais — febre, tosse, dores musculares e dificuldade para respirar — são semelhantes aos da influenza sazonal e da Covid-19. O Dr. Klinger ressalta que a diferenciação depende do grau de gravidade do quadro e, principalmente, do histórico epidemiológico, como exposição a aves ou ambientes agroindustriais. “A suspeita clínica deve ser considerada sempre que houver síndrome respiratória grave associada a esses fatores de risco”, orienta.

Diante desse cenário, o especialista enfatiza a importância de uma resposta coordenada entre vigilância agropecuária, saúde pública e atenção primária, especialmente nas regiões com foco confirmado. Profissionais de saúde devem estar atentos para notificar casos suspeitos, garantir o isolamento dos pacientes e acionar as autoridades sanitárias rapidamente.

O conceito de Saúde Única (One Health), que integra saúde humana, animal e ambiental, é apontado como a abordagem mais eficaz para enfrentar ameaças zoonóticas como a gripe aviária. “O Brasil tem tradição em vigilância agropecuária, mas é fundamental fortalecer o elo com a saúde humana por meio de protocolos integrados, testagem e comunicação entre setores”, completa Dr. Klinger.

A experiência recente com a pandemia de Covid-19 reforça a necessidade de agir com antecipação. “Não se trata de provocar pânico, mas de agir agora, enquanto o vírus ainda não está pronto para infectar em escala”, alerta o infectologista. O vírus H5N1 envia um sinal claro: a vigilância e a integração entre setores são essenciais para evitar que uma ameaça silenciosa se transforme em uma crise de saúde pública.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações oficiais da assessoria de imprensa e entrevistas com especialistas para garantir a precisão e relevância das informações. Fique atenta e informe-se sempre por fontes confiáveis.

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