Os 7 erros financeiros que podem levar sua empresa ao fechamento precoce – e como evitá-los

Crescer sem controle financeiro e tributário é o maior risco para negócios em expansão no Brasil, alerta especialista

De acordo com dados recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil viu o surgimento de mais de 3,8 milhões de novas empresas em 2024. No entanto, o cenário para os empreendedores ainda é desafiador: cerca de 1,4 milhão de negócios fecharam as portas no mesmo período. Em São Paulo, o estado com maior número de empresas ativas, quase 24% dos negócios encerram suas atividades em até dois anos, segundo o Sebrae-SP.

Para Jhonny Martins, contador, advogado e vice-presidente do SERAC, o principal motivo por trás desse alto índice de mortalidade empresarial não está na falta de vendas, mas sim na ausência de controle financeiro e planejamento tributário. “O empreendedor acredita que está prosperando por vender mais, mas não percebe que está diluindo margem, gerando passivo fiscal e consumindo caixa com ineficiência”, explica.

Martins destaca sete erros financeiros comuns que comprometem empresas em crescimento e que podem ser evitados com práticas simples e gestão profissionalizada:

1. Misturar finanças pessoais com empresariais: manter contas separadas e formalizar o pró-labore evita confusões e retiradas informais que prejudicam o caixa da empresa.
2. Ausência de controle diário do fluxo de caixa: acompanhar entradas e saídas em tempo real com ferramentas de gestão é fundamental para a saúde financeira do negócio.
3. Tomar decisões baseadas apenas no faturamento: analisar a margem de contribuição, custos fixos e ponto de equilíbrio antes de ampliar operações garante sustentabilidade.
4. Negligenciar o planejamento tributário: reavaliar periodicamente o regime tributário evita o pagamento de impostos desnecessários e riscos fiscais.
5. Expandir sem revisar a carga fiscal: toda mudança no escopo, faturamento ou modelo de operação deve ser acompanhada por uma avaliação tributária especializada.
6. Desconsiderar indicadores financeiros para decisões: monitorar inadimplência, ticket médio e lucratividade ajuda a embasar estratégias e evitar surpresas.
7. Falta de estrutura mínima de gestão financeira: mesmo pequenas empresas precisam de contabilidade ativa e relatórios consistentes para manter o controle.

Segundo o especialista, empresas que adotam uma gestão orientada por números e mantêm previsibilidade financeira têm maior poder de negociação, acesso a crédito competitivo e são mais atraentes para investidores. “A organização financeira não apenas protege o negócio em tempos de crise, como também valoriza a empresa no mercado. Em um ambiente altamente competitivo, ela é um ativo invisível, mas decisivo”, conclui Martins.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do SERAC e entrevistas com Jhonny Martins, especialista em gestão financeira e tributária para empresas em expansão. Para empreendedores que desejam evitar armadilhas e garantir a longevidade do seu negócio, o foco na gestão profissional e no planejamento estratégico é indispensável.

👁️ 108 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar