Educação antirracista: 5 passos para valorizar a diversidade cultural desde a infância

Conheça dicas práticas para promover respeito, inclusão e combater o racismo com crianças, adolescentes e jovens, alinhadas ao ODS 18 do Governo Federal

A valorização da diversidade cultural e o combate ao racismo são desafios fundamentais para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Em 2024, durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, o Governo Federal lançou o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 18 – Igualdade Étnico-Racial, reforçando o compromisso do Brasil em enfrentar as desigualdades que afetam principalmente os povos indígenas e a população negra.

Com base em orientações de especialistas e dados da assessoria de imprensa dos Maristas do Brasil, reunimos cinco dicas essenciais para promover uma educação antirracista e valorizar a diversidade cultural desde cedo, envolvendo crianças, adolescentes e jovens.

1. Explique que o racismo é estrutural
O racismo não é algo natural, mas sim uma construção social que se manifesta em diferentes aspectos do cotidiano, como linguagem, literatura e atitudes. Segundo o Ir. José Aderlan Brandão Nascimento, coordenador da União Marista do Brasil, é fundamental ensinar que o ódio não nasce com as pessoas, mas pode ser combatido com amor e respeito. Contar histórias que retratem a formação do Brasil, incluindo a escravidão dos povos africanos e indígenas, ajuda a construir uma consciência crítica desde a infância.

2. Valorize as diferenças culturais
A cultura brasileira é resultado da contribuição de diversos povos: africanos, indígenas, europeus e asiáticos. É importante apresentar essa pluralidade às crianças e jovens, por exemplo, visitando museus dedicados às culturas afro-brasileira e indígena, e refletindo sobre a presença dessas influências na música, culinária e língua. Essa valorização fortalece o respeito e o reconhecimento das raízes culturais.

3. Reconheça a dívida histórica
O pedido oficial de desculpas do Brasil à população negra em 2024 foi um marco simbólico, mas é necessário que esse gesto seja acompanhado por políticas públicas efetivas para reduzir as desigualdades raciais. O Estado tem papel crucial na promoção da igualdade, e a educação deve ser um espaço para discutir essa dívida histórica e suas consequências atuais.

4. Estimule leituras e reflexões críticas
Incentivar a leitura de livros, notícias, filmes e séries que abordem a diversidade e a representatividade é uma forma poderosa de ampliar o olhar crítico dos jovens. Questionar quem são os personagens e heróis retratados em monumentos e obras culturais ajuda a desconstruir narrativas exclusivas e a valorizar diferentes histórias. A obra “O Pequeno Príncipe Preto”, de Rodrigo França, é um exemplo de literatura que promove essa reflexão.

5. Garanta diálogo entre família e escola
O ambiente escolar é apontado como um dos principais locais onde jovens enfrentam o racismo. Por isso, o diálogo entre famílias e instituições de ensino é fundamental para criar espaços inclusivos e seguros. A Lei 10.639/2003 e a Lei 11.645/2008 garantem o ensino obrigatório da história e cultura afro-brasileira e indígena, reforçando a importância de uma educação antirracista que valorize as diferenças como potências.

Promover a educação antirracista é uma responsabilidade coletiva que envolve famílias, escolas, instituições e a sociedade como um todo. Com ações conscientes e diálogo aberto, é possível construir um futuro onde a diversidade cultural seja celebrada e o racismo combatido com firmeza.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa dos Maristas do Brasil e dados oficiais do Governo Federal sobre o ODS 18 – Igualdade Étnico-Racial.

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