A Tríade da Inteligência: Como Testes Genéticos, fMRI e QI Transformam a Avaliação do Potencial Humano

A inteligência humana, tema central das ciências cognitivas, está recebendo uma nova abordagem que promete revolucionar a forma como avaliamos o potencial cognitivo. Segundo o neurocientista Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, diretor do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH) e especialista em genômica e neurociências, a verdadeira compreensão da inteligência só é possível por meio da integração de três pilares fundamentais: teste genético, exame de Ressonância Magnética Funcional (fMRI) e teste de QI supervisionado.

Essa abordagem, chamada de “Tríade da Inteligência”, foi recentemente apresentada em um estudo realizado com dados coletados pelo Hospital da Luz, em Coimbra, e reforça a necessidade de uma análise holística para captar a complexidade do funcionamento cerebral e cognitivo.

O primeiro componente da tríade, o teste genético, oferece uma estimativa inicial das predisposições cognitivas ao identificar marcadores genômicos relacionados ao potencial inato. “A genética nos dá uma prévia assertiva, mas não é determinista”, ressalta Dr. Fabiano, destacando que fatores ambientais exercem papel fundamental no desenvolvimento cerebral.

Em seguida, o exame de fMRI permite observar a atividade cerebral em tempo real, especialmente em áreas como o córtex pré-frontal, responsável pelas funções executivas. “A fMRI é como um filme do cérebro, superando a visão estática dos testes tradicionais de QI”, explica o neurocientista. Essa técnica possibilita analisar a conectividade e a funcionalidade cerebral, elementos essenciais para compreender o desempenho cognitivo.

Por fim, o teste de QI supervisionado, quando aplicado por profissionais qualificados utilizando escalas reconhecidas como WAIS (Wechsler Adult Intelligence Scale) e WISC (Wechsler Intelligence Scale for Children), oferece uma avaliação confiável do desempenho cognitivo em ambiente controlado. Dr. Fabiano alerta para os riscos de testes não supervisionados, que podem gerar resultados imprecisos e comprometer a avaliação.

Além da precisão técnica, o pesquisador enfatiza a importância da ética na divulgação dos resultados. “Antes de tornar público o quociente de inteligência de alguém, é essencial exigir o teste original, realizado por profissional credenciado e com consentimento do indivíduo”, afirma. Essa postura visa proteger a privacidade, evitar estigmatizações e garantir o uso responsável das informações.

A tríade da inteligência representa um avanço significativo para o Brasil, onde o acesso a testes fidedignos ainda é limitado. O Projeto Genetic Intelligence Project (GIP), liderado pelo CPAH, continua investigando essas interações para desenvolver ferramentas mais acessíveis e precisas.

Dr. Fabiano reforça que a inteligência é resultado do equilíbrio entre natureza e criação, e que a ciência deve sempre respeitar essa complexidade para beneficiar o indivíduo sem comprometer sua dignidade. Essa nova fronteira na avaliação do potencial humano abre caminhos para uma compreensão mais profunda e ética da inteligência, com impactos diretos na educação, saúde e desenvolvimento pessoal.

Conteúdo baseado em dados da assessoria de imprensa do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito.

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