Joe Biden e o diagnóstico de câncer de próstata agressivo: o que você precisa saber
Ex-presidente dos EUA enfrenta um novo desafio de saúde; entenda os sintomas, diagnóstico e opções de tratamento para essa doença silenciosa
No último domingo (18), a assessoria do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou um comunicado oficial informando que ele foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer de próstata. Aos 82 anos, Biden apresentou sintomas urinários crescentes, o que o levou a buscar atendimento médico e, consequentemente, a descobrir um nódulo prostático que motivou exames mais aprofundados.
O diagnóstico revelou um câncer de próstata com escore de Gleason 9, classificado no Grupo de Grau 5, indicando alta agressividade do tumor. Além disso, foi constatada metástase óssea, ou seja, a doença já se espalhou para os ossos. Apesar da gravidade, a nota oficial traz uma perspectiva positiva: o tumor é sensível a hormônios, o que amplia as possibilidades de tratamento eficaz. Atualmente, Biden e sua equipe médica estão avaliando as melhores alternativas terapêuticas.
O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima mais de 71 mil novos casos anuais entre 2023 e 2025, com a maioria dos diagnósticos ocorrendo em homens acima dos 65 anos. A próstata é uma glândula exclusiva do sexo masculino, responsável pela produção do líquido seminal, localizada abaixo da bexiga e envolvendo a uretra.
Segundo Denis Jardim, líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas&Co, a maioria dos casos ocorre de forma esporádica, mas fatores genéticos hereditários também podem aumentar o risco, especialmente mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, conhecidos pelo vínculo com cânceres de mama e ovário. Esse conhecimento é fundamental para estratégias de rastreamento e vigilância mais eficazes.
O câncer de próstata é frequentemente chamado de “tumor silencioso”, pois seus sintomas geralmente só aparecem em estágios avançados. Entre os sinais mais comuns estão dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, problemas renais e dor óssea, especialmente quando há metástase. O caso de Biden exemplifica essa característica, já que os sintomas urinários foram o alerta para a investigação médica.
Para o diagnóstico precoce, o exame de PSA (antígeno prostático específico) é essencial. Especialistas recomendam que homens a partir dos 50 anos realizem anualmente o exame de PSA e o toque retal. Para aqueles com histórico familiar da doença, o rastreamento deve começar mais cedo. Em casos suspeitos, a confirmação é feita por biópsia guiada por ultrassonografia transretal, frequentemente precedida por ressonância magnética.
As opções de tratamento variam conforme o estágio e a agressividade do tumor. No caso de metástase óssea, como o de Biden, podem ser indicados bloqueio hormonal, quimioterapia, medicamentos para controlar a testosterona e radioisótopos, que emitem radioterapia localizada nos ossos. A sensibilidade do tumor aos hormônios é um fator positivo que pode ajudar a controlar a progressão da doença.
O diagnóstico do ex-presidente americano reforça a importância da vigilância médica regular e do diagnóstico precoce, especialmente para homens com mais de 50 anos ou com histórico familiar. A transparência sobre seu estado de saúde serve como um alerta para que mais homens adotem hábitos preventivos e realizem exames periódicos.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações oficiais da assessoria de imprensa de Joe Biden e na expertise da Oncoclínicas&Co, maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina. Para mais informações sobre prevenção e tratamento do câncer de próstata, consulte seu médico de confiança.