Divórcios no Brasil batem recorde: como superar o fim do casamento com saúde emocional e segurança jurídica
Com aumento de quase 50% nos divórcios em 2023, especialistas orientam sobre o cuidado emocional e legal para atravessar essa fase com dignidade
O Brasil registrou um aumento expressivo nos divórcios em 2023, com um salto de 48,9% nos registros, totalizando mais de 420 mil separações legais, segundo dados divulgados pelo IBGE. Esse crescimento reacende um debate importante sobre como lidar com o fim de uma relação de forma saudável, preservando a saúde mental e os direitos legais.
O influenciador Vitor DiCastro, conhecido por abordar temas afetivos com sensibilidade, viralizou nas redes sociais ao admitir que ainda não superou seu divórcio. “Eu não vou mentir. O processo de separação é proporcional ao tempo que você passou com a pessoa”, afirmou em vídeo, dando voz a um sentimento que muitas pessoas escondem: o luto e a dificuldade de recomeçar.
Para a psicanalista Ana Lisboa, especialista em saúde mental feminina e relações afetivas, o término de um casamento é uma espécie de morte simbólica que exige tempo e respeito. “Cada pessoa vive esse luto de um jeito. Há quem tente ignorar a dor mergulhando em novos relacionamentos e há quem precise se recolher para se reconstruir. A pressa da sociedade para superar a separação pode adoecer”, explica. Ana destaca sintomas comuns nesse período, como insônia, ansiedade, queda da autoestima e até manifestações físicas, reforçando a importância de cuidar da saúde mental com a mesma atenção dedicada aos trâmites legais.
No aspecto jurídico, o advogado Francisco Gomes Junior, especialista em Direito Digital, ressalta que o divórcio pode ser simples ou desgastante, dependendo da forma como é conduzido. “A decisão inicial é se o divórcio será consensual ou litigioso. Quando há acordo, o processo é mais rápido e pode ser feito até online. Já as disputas envolvendo filhos, bens ou pensão demandam intervenção judicial e podem se estender por anos”, explica. Ele reforça a importância de contar com uma assessoria jurídica qualificada para garantir clareza sobre direitos patrimoniais e evitar conflitos desnecessários.
Ana Lisboa e Francisco Gomes concordam que o sucesso na separação não está na ausência de dor, mas na maneira como o processo é conduzido. “Separar com dignidade é possível quando há honestidade, autocuidado e respeito pelos limites do outro, mesmo após o fim da relação. Isso é o que chamamos de amor maduro, que permanece mesmo no término”, conclui Ana.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e entrevistas com especialistas, trazendo orientações práticas para quem enfrenta essa fase delicada da vida. Passar pelo divórcio com equilíbrio emocional e segurança jurídica é um desafio, mas com apoio adequado, é possível transformar o fim em um novo começo.