Bebês Reborn no Brasil: Entre o Conforto Emocional e os Desafios Psicológicos
Bonecas hiper-realistas ganham espaço e despertam debates sobre saúde mental e ética no país
O fenômeno dos bebês reborn tem conquistado cada vez mais espaço no Brasil, atraindo olhares tanto pelo realismo impressionante dessas bonecas quanto pelas questões psicológicas e éticas que envolvem seu uso. Produzidos artesanalmente para se assemelharem a recém-nascidos, os reborns despertam interesse de colecionadores, pessoas em processo de luto e influenciadores digitais, mas também têm sido protagonistas de debates jurídicos e sociais recentes.
Segundo dados da assessoria de imprensa da Psico.delas, consultoria especializada em saúde mental, o uso dessas bonecas pode representar uma forma de conforto emocional em contextos delicados, como isolamento social prolongado, dificuldades para estabelecer vínculos afetivos reais ou vivência de perdas significativas. Nesses casos, os bebês reborn funcionam como objetos transicionais, auxiliando na compensação afetiva temporária.
No entanto, a especialista Kátia Assad, CEO da Psico.delas, alerta para os riscos envolvidos: “Quando o bebê reborn é utilizado como apoio emocional temporário, com consciência e, se possível, com acompanhamento terapêutico, ele pode ser um instrumento legítimo de cuidado. Mas quando substitui de forma permanente vínculos reais ou se torna a principal fonte de afeto, é sinal de alerta. Estamos falando de um objeto que pode revelar tanto carências afetivas profundas quanto estratégias de enfrentamento diante de traumas não elaborados.”
Além do aspecto psicológico, o crescimento do uso dos reborns tem gerado discussões éticas e jurídicas no Brasil. Casos recentes envolvendo o uso indevido dessas bonecas para obtenção de atendimento prioritário no Sistema Único de Saúde (SUS) e disputas judiciais pela “guarda” dos reborns após o fim de relacionamentos evidenciam a complexidade do tema. Essas situações têm impulsionado a criação de projetos de lei para regulamentar o uso e a comercialização dessas bonecas no país.
O debate sobre os bebês reborn revela, portanto, uma linha tênue entre o uso saudável e o disfuncional. Enquanto podem oferecer conforto e auxiliar no enfrentamento de momentos difíceis, também podem indicar dificuldades emocionais mais profundas e impactar negativamente o desenvolvimento de habilidades sociais.
A Psico.delas reforça a importância do acompanhamento profissional para quem utiliza os reborns como suporte emocional, garantindo que essa prática seja temporária e integrada a um processo terapêutico adequado. Assim, é possível aproveitar os benefícios sem que a boneca se torne um substituto permanente das relações humanas.
Em resumo, os bebês reborn são mais do que simples objetos de coleção: são símbolos de uma necessidade emocional complexa que merece atenção cuidadosa, tanto da sociedade quanto dos profissionais de saúde mental.
Fonte: Assessoria de imprensa Psico.delas – João Machado
Contato: joao.machado@mention.net.br | (11) 5217-0177