Restituição do Imposto de Renda: Vale mais a pena quitar dívidas ou investir?
Saiba como usar o dinheiro da restituição do IR para organizar suas finanças e fazer seu dinheiro render com segurança
Receber a restituição do Imposto de Renda é sempre um alívio para o bolso, mas a dúvida que muitas pessoas enfrentam é: o que fazer com esse dinheiro? Quitar dívidas ou investir? Com base em informações da assessoria de imprensa da Rico, o analista de research Antônio Sanches explica as melhores formas de utilizar essa quantia para garantir saúde financeira.
Primeiramente, é importante entender que a restituição do IR não é exatamente um dinheiro extra, mas sim a devolução do valor pago a mais na declaração do imposto. Esse valor é liberado em lotes pela Receita Federal, respeitando um calendário e prioridades legais, como idosos e pessoas com deficiência. A consulta à restituição pode ser feita no site ou aplicativo da Receita Federal, e o valor deve ser resgatado em até um ano.
Quando o assunto é o uso desse dinheiro, a recomendação inicial é priorizar a quitação de dívidas, principalmente aquelas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial. Por exemplo, enquanto o Tesouro Selic rende atualmente cerca de 13,25% ao ano, o cheque especial pode cobrar juros na casa dos 136% ao ano, o que torna mais vantajoso pagar essas dívidas do que investir. O especialista destaca que, em financiamentos com juros menores, como alguns imóveis, investir pode ser uma alternativa interessante.
Se você não possui dívidas, o próximo passo é pensar em investimentos seguros para criar uma reserva de emergência. O Tesouro Selic é uma opção recomendada, pois oferece rendimento superior à poupança e permite resgate rápido, ideal para imprevistos.
Outra alternativa para quem busca benefícios fiscais é investir em Previdência Privada, especialmente no modelo PGBL. Esse tipo de plano permite deduzir até 12% da renda bruta anual tributável na declaração do IR, desde que feita pelo modelo completo. As contribuições podem ser feitas de forma recorrente ou esporádica, e o valor investido é aplicado em uma carteira diversificada. A tributação ocorre no momento do resgate, com alíquotas que variam conforme o tempo de permanência no plano.
Para investir em um PGBL, é fundamental comparar taxas e rentabilidade, escolher o plano adequado, indicar beneficiários se desejar, e definir o valor e a frequência das contribuições. Além de garantir uma aposentadoria mais confortável, essa estratégia pode aumentar a restituição do imposto.
Em resumo, a melhor forma de usar a restituição do Imposto de Renda depende da sua situação financeira atual. Priorize quitar dívidas com juros altos, crie uma reserva de emergência e, se possível, aproveite os benefícios da previdência privada para planejar o futuro. Assim, você transforma esse dinheiro em uma ferramenta poderosa para o seu equilíbrio financeiro.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Rico.