Implantes dentários: entenda a polêmica entre titânio e zircônia na odontologia biológica

Dr. Jamil Shibli esclarece os riscos da desinformação e destaca por que o titânio segue sendo o padrão ouro nos implantes dentários

A odontologia biológica tem ganhado cada vez mais espaço nas redes sociais, mas essa popularização vem acompanhada de controvérsias e riscos à saúde bucal. Em um artigo exclusivo, o periodontista e especialista em biomateriais Dr. Jamil Shibli, com vasta experiência acadêmica e clínica, analisa criticamente essa tendência e esclarece as dúvidas sobre os implantes dentários de titânio e zircônia.

Segundo Dr. Shibli, a odontologia biológica não é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) como especialidade, e muitos profissionais que se apresentam como especialistas nessa área podem estar disseminando informações imprecisas, o que pode levar a penalidades éticas. Essa prática, que muitas vezes associa-se a conceitos pseudocientíficos, pode confundir pacientes e resultar em escolhas prejudiciais para a saúde bucal.

Um dos temas mais debatidos nesse contexto é a comparação entre implantes de titânio e de zircônia. Defensores da odontologia biológica afirmam que os implantes cerâmicos de zircônia seriam superiores, destacando sua estabilidade química, menor adesão bacteriana e resistência à corrosão. No entanto, estudos científicos indicam que os implantes de zircônia apresentam menor eficácia biológica e mecânica em relação aos de titânio. Eles são menos resistentes e têm uma taxa de osseointegração igual ou inferior, além de não serem imunes à colonização bacteriana ou à peri-implantite, doença que pode levar à perda do implante.

Por outro lado, os implantes de titânio são amplamente estudados e utilizados há décadas, com comprovação clínica robusta de sua durabilidade e sucesso. O titânio apresenta excelente capacidade de osseointegração, fator crucial para a fixação do implante ao osso natural. Além disso, sua versatilidade permite o uso em diversas situações clínicas. Embora a zircônia tenha ganhado espaço, ainda faltam estudos de longo prazo que comprovem sua durabilidade, e há relatos frequentes de fraturas em áreas de maior esforço mastigatório.

Dr. Shibli ressalta que, apesar de estudos recentes mostrarem resultados comparáveis entre os dois materiais em termos de osseointegração, o titânio se destaca pela velocidade desse processo. Além disso, o custo mais elevado dos implantes de zircônia pode ser um fator limitante para muitos pacientes.

Diante do avanço das redes sociais e da disseminação de informações não embasadas cientificamente, o especialista reforça a importância de buscar orientação com profissionais qualificados e basear as decisões em evidências clínicas sólidas. A saúde bucal merece atenção e cuidado, e a inovação deve caminhar lado a lado com a ciência para garantir tratamentos seguros e eficazes.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Dr. Jamil Shibli, referência em periodontia e inovação em biomateriais.

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