“Nunca Vi 1 Cientista”: ciência acessível e conscientização sobre o câncer de tireoide no Dia Internacional da Tireoide
Projeto criado por duas cientistas destaca a importância do diagnóstico precoce e da informação para desmistificar o câncer de tireoide, que afeta principalmente mulheres
Com dados da assessoria de imprensa, o projeto “Nunca Vi 1 Cientista” ganha destaque nas redes sociais ao levar ciência de forma acessível e inclusiva para o público geral. Criado pela bióloga e doutora em ciência Ana Bonassa e pela farmacêutica e bioquímica Laura Marise, o perfil no Instagram se tornou uma referência em divulgação científica. Neste ano, o foco da iniciativa é a conscientização sobre o câncer de tireoide, especialmente no Dia Internacional da Tireoide, celebrado em 25 de maio.
O câncer de tireoide, embora considerado raro, é o tumor endócrino mais comum e ocupa o terceiro lugar entre os tipos de câncer mais frequentes em mulheres nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil. A doença atinge cinco vezes mais mulheres do que homens, o que torna essencial a disseminação de informações claras e acessíveis para o público feminino.
Laura Marise, uma das criadoras do “Nunca Vi 1 Cientista”, compartilha sua experiência pessoal com o diagnóstico recebido em 2022. Ela destaca a importância de desmistificar o câncer de tireoide e o câncer em geral, ressaltando que o medo e a falta de informação ainda são grandes obstáculos para quem enfrenta a doença. “Desde que recebi meu diagnóstico, tenho me dedicado a mostrar todos os aspectos da doença, justamente para desmistificar o câncer de tireoide — e o câncer, de forma geral, porque é sempre um diagnóstico que assusta”, afirma Laura.
Nos últimos anos, o número de diagnósticos de câncer de tireoide aumentou significativamente. Especialistas atribuem esse crescimento principalmente ao avanço das ferramentas de diagnóstico por imagem e ao rastreamento mais frequente de pessoas assintomáticas. Além disso, o aumento dos índices de obesidade na população também é apontado como um fator de risco, já que o excesso de peso está associado a um maior risco de desenvolvimento de tumores na tireoide.
Apesar do aumento nos casos, a mortalidade pela doença tem diminuído, reflexo dos avanços nos métodos de detecção e nos tratamentos disponíveis. O câncer de tireoide pode acometer pessoas jovens, muitas vezes com menos de 40 anos, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante para garantir um tratamento efetivo e curativo.
O “Nunca Vi 1 Cientista” reforça que falar sobre o câncer de tireoide com clareza e empatia é fundamental para apoiar pacientes e familiares, além de incentivar a busca por informações confiáveis. A troca de experiências e o acesso a conteúdos científicos acessíveis ajudam a combater o estigma e o medo que ainda cercam o tema.
Neste Dia Internacional da Tireoide, a mensagem é clara: conhecer os sinais, realizar exames preventivos e buscar orientação médica são passos essenciais para a saúde da tireoide e para o bem-estar geral, especialmente das mulheres, que são as mais afetadas por essa doença.