Marketing Político em 2026: A Inteligência Artificial e o Desafio das Fake News nas Eleições

Especialista destaca como a combinação entre tecnologia e estratégias tradicionais será decisiva para o sucesso das campanhas eleitorais no próximo ano

Com as eleições gerais de 2026 se aproximando, o cenário do marketing político promete um movimento intenso e inovador. De acordo com dados fornecidos pela assessoria de imprensa da P+G Trendmakers, a inteligência artificial (IA) será um dos grandes diferenciais nas campanhas para presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais.

A IA deverá ser utilizada para diversas funções essenciais, como a detecção de fake news, o monitoramento das redes sociais, a análise de dados populacionais e tendências eleitorais, além da automatização de chatbots para interação direta com o cidadão. No entanto, essa tecnologia também traz desafios, como o risco de manipulações relacionadas à privacidade e a disseminação de deep fakes, que podem comprometer a integridade do processo eleitoral.

As redes sociais continuam sendo plataformas fundamentais para a consolidação das candidaturas e a divulgação das propostas. Influenciadores digitais ganham cada vez mais espaço como formadores de opinião, embora nem sempre com informações confiáveis, o que reforça a importância do combate às fake news, que ainda influenciam eleitores de todas as classes e níveis de escolaridade.

O estrategista político Guto Araújo, secretário geral do Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), destaca que o discurso antissistema é uma tendência crescente entre os eleitores. Segundo ele, mensagens que provocam conflito, medo e ressentimento têm mais engajamento do que aquelas que promovem a união em prol do bem comum.

Araújo também ressalta a complexidade do trabalho do marqueteiro político, que deve atuar como um maestro, integrando dados de pesquisa, comunicação, psicologia, antropologia e história para criar mensagens simples e eficazes. Com mais de 20 anos de experiência e campanhas vitoriosas ao lado de nomes como João Santana, ele acredita que o equilíbrio entre comunicação digital e tradicional é a fórmula para o sucesso.

Apesar do crescimento da internet como fonte de informação, a televisão ainda mantém grande relevância, especialmente entre o público acima de 35 anos e nas classes D/E, além de regiões com menor acesso à internet. O horário eleitoral gratuito, por exemplo, tem impacto significativo no início e no fim das campanhas.

O especialista também destaca que, desde 2018, as redes sociais e aplicativos como WhatsApp passaram a ser protagonistas na disseminação de informações, verdadeiras ou falsas, e que o discurso antissistema ganhou força, principalmente entre candidatos conservadores. Para 2026, Guto Araújo prevê que essa tendência continuará, com a direita ampliando seu domínio no ambiente digital, enquanto a esquerda ainda enfrenta desafios para se adaptar plenamente às novas tecnologias.

Por fim, o estrategista alerta que o sucesso nas próximas eleições dependerá da capacidade dos candidatos e suas equipes de iniciarem seus projetos eleitorais com antecedência, dominando as ferramentas digitais e equilibrando os canais de comunicação para enfrentar um cenário político cada vez mais complexo.

Assim, o marketing político em 2026 viverá seu auge, marcado pela inovação tecnológica, desafios éticos e a necessidade de estratégias cada vez mais sofisticadas para conquistar o eleitorado.

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