Mais de 5% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos têm autismo, revela levantamento inédito do IBGE
Censo 2022 aponta 2,4 milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista no Brasil e destaca a importância do diagnóstico precoce e da intervenção multidisciplinar
Dados inéditos do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em maio de 2025, revelam que mais de 5% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a assessoria de imprensa da Genial Care, especializada em atendimento a crianças autistas, o Brasil conta atualmente com 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com TEA, o que corresponde a 1,2% da população total.
O levantamento, que pela primeira vez inclui informações sobre o autismo no país graças à Lei nº 13.861/2019, mostra que a prevalência é maior entre meninos: 3,8% nessa faixa etária, contra 1,3% das meninas. A concentração dos diagnósticos está entre crianças de 5 a 9 anos (2,6%), seguida pela faixa de 0 a 4 anos (2,1%), evidenciando avanços no diagnóstico precoce, resultado da maior conscientização e busca por informações por parte dos pais e responsáveis.
Além disso, o Censo destaca que a maioria dos estudantes com TEA (508 mil) está matriculada no ensino fundamental, representando 66,8% das crianças diagnosticadas. Curiosamente, a taxa de escolarização entre pessoas autistas é superior à da população sem diagnóstico, com 36,9% contra 24,3%, respectivamente. O estudo também aponta desigualdades no acesso ao diagnóstico, com maior prevalência declarada entre pessoas que se autodeclaram brancas, seguida por amarelas, pretas, pardas e indígenas, o que reforça a necessidade de políticas públicas que enfrentem essas disparidades.
O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e apresenta padrões de comportamento restritos e repetitivos. Cada pessoa apresenta características únicas, tornando essencial um acompanhamento personalizado e multidisciplinar. A intervenção precoce, especialmente na primeira infância, é fundamental para estimular o desenvolvimento cognitivo e adaptativo, aumentando as chances de autonomia e inclusão social.
Especialistas da Genial Care ressaltam que terapias como Análise do Comportamento Aplicada (ABA), Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional são pilares para o desenvolvimento das crianças com TEA. A integração dessas abordagens, adaptadas às necessidades individuais, promove avanços significativos e oferece suporte não apenas à criança, mas também à família.
O aumento na busca por informações sobre autismo, com termos relacionados sendo pesquisados milhares de vezes mensalmente, mostra uma crescente conscientização da sociedade. Ainda que o diagnóstico possa ser um momento desafiador para as famílias, ele é o primeiro passo para um percurso de apoio, aprendizado e transformação.
Com base nos dados do IBGE e na experiência de profissionais especializados, fica claro que o Brasil avança na identificação e no cuidado das pessoas com TEA, mas ainda enfrenta desafios, principalmente relacionados ao acesso equitativo ao diagnóstico e às terapias. Investir em informação, políticas públicas e atendimento multidisciplinar é essencial para garantir que cada criança alcance seu máximo potencial e tenha qualidade de vida.
Para saber mais sobre o Transtorno do Espectro Autista e as opções de tratamento, acompanhe as atualizações e conteúdos especializados da Genial Care e outras instituições dedicadas ao tema.