Dia Mundial da Pré-eclâmpsia: mitos, verdades e cuidados essenciais para gestantes

Entenda o que é a pré-eclâmpsia, como identificar os sinais de alerta e a importância do pré-natal para prevenir essa condição que afeta milhares de mulheres no Brasil e no mundo

No Dia Mundial da Sensibilização da Pré-eclâmpsia, celebrado em 22 de maio, é fundamental esclarecer dúvidas sobre essa condição que pode ser silenciosa, mas representa um risco grave para a saúde da mãe e do bebê. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 75 mil mulheres morrem anualmente no mundo por complicações relacionadas à pré-eclâmpsia, enquanto no Brasil, aproximadamente 76 mil gestantes são afetadas todos os anos, sendo responsável por mais de 20% das mortes maternas no país.

A pré-eclâmpsia é uma síndrome hipertensiva que surge geralmente após a 20ª semana de gestação, caracterizada pelo aumento da pressão arterial e pela presença de proteína na urina (proteinúria). Conforme explica o ginecologista e obstetra Dr. Vamberto Maia Filho, especialista em reprodução humana, a condição pode evoluir para quadros mais graves, como eclâmpsia (convulsões) e Síndrome HELLP, exigindo atenção médica imediata.

Entre os principais mitos e verdades sobre a pré-eclâmpsia, destacam-se:
✔ Verdade: A pré-eclâmpsia pode ocorrer em gestantes saudáveis, mesmo sem histórico prévio de hipertensão. Fatores como primeira gestação, obesidade, idade materna avançada, gravidez gemelar e histórico familiar aumentam o risco.
✖ Mito: A pré-eclâmpsia só acontece perto do parto. Na realidade, a maioria dos casos ocorre no terceiro trimestre, mas pode surgir a partir da 20ª semana de gestação. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais delicado é o manejo.
✔ Verdade: Não existe cura definitiva, mas há tratamento. O parto é a única forma de encerrar a pré-eclâmpsia, porém, é possível controlar a pressão arterial e proteger mãe e bebê até o momento seguro para o nascimento.
✖ Mito: Os sintomas são sempre evidentes. Muitas mulheres não percebem os sinais iniciais, que podem incluir dor de cabeça intensa, inchaço repentino, visão turva e dor no abdômen superior — sintomas que devem ser investigados com urgência.

O pré-natal de qualidade é a principal ferramenta para prevenir e controlar a pré-eclâmpsia. Monitorar a pressão arterial, realizar exames de urina regularmente e identificar fatores de risco desde o início da gestação são essenciais. Para gestantes com alto risco, o uso preventivo de ácido acetilsalicílico em baixa dose e suplementação de cálcio pode ser recomendado, sempre sob orientação médica.

Nos casos diagnosticados, o tratamento varia conforme a gravidade e o tempo de gestação, podendo incluir internação hospitalar, controle rigoroso da pressão e monitoramento contínuo da vitalidade fetal. Aproximadamente 90% das mulheres com pré-eclâmpsia têm boa recuperação após o parto, desde que recebam acompanhamento adequado. Contudo, é importante destacar que essas mulheres apresentam maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares futuramente, o que reforça a necessidade de cuidados contínuos.

Segundo o Dr. Vamberto, “a pré-eclâmpsia é silenciosa, mas perigosa. Informação é a principal arma para prevenir essa complicação”. Por isso, conhecer os sinais de alerta e manter o acompanhamento médico durante toda a gestação são atitudes fundamentais para garantir a saúde da mãe e do bebê.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e entrevistas com especialistas em saúde materna, reforçando a importância da conscientização sobre a pré-eclâmpsia. Fique atenta e compartilhe esse conhecimento para ajudar a salvar vidas.

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