Com o aumento das síndromes respiratórias, é hora de voltar a usar máscaras e álcool gel?
Especialista alerta para cuidados essenciais no inverno e reforça a importância da prevenção coletiva
Com a chegada do inverno, o Brasil enfrenta um aumento significativo nos casos de síndromes respiratórias, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causada por vírus como Influenza, Sars-CoV-2, rinovírus e vírus sincicial respiratório. Segundo dados do boletim InfoGripe da Fiocruz, em 2025 já foram confirmados 22.235 casos de SRAG, enquanto em 2024 o total chegou a 169.711, conforme boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado em maio deste ano.
Diante desse cenário, a pergunta que muitas pessoas têm feito é: será que precisamos voltar a usar álcool gel e máscaras? A resposta, segundo o infectologista Igor Marinho, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, é que essas medidas continuam sendo importantes aliadas na prevenção das doenças respiratórias, especialmente em períodos de maior circulação viral.
São Paulo, por exemplo, está entre os 13 estados brasileiros que apresentam níveis de alerta, risco ou alto risco para a incidência de SRAG, conforme dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). Para o especialista, além da vacinação, que é fundamental, outras práticas simples podem reduzir a transmissão dos vírus respiratórios: “Cobrir a boca ao tossir ou espirrar, lavar as mãos com frequência, evitar compartilhar objetos pessoais e manter os ambientes ventilados são medidas essenciais.”
O Ministério da Saúde reforçou recentemente a recomendação do uso de máscaras PFF2 ou N95 não apenas para profissionais da saúde e pessoas sintomáticas, mas também para indivíduos saudáveis. “A máscara reduz a quantidade de partículas virais liberadas no ambiente e também protege quem a utiliza, filtrando o ar inalado”, explica Marinho.
Na Rede de Hospitais São Camilo, o aumento nos atendimentos por síndromes respiratórias é evidente: entre 1º e 13 de maio de 2025, foram mais de 7 mil atendimentos, um crescimento de quase 123% em relação ao mesmo período de abril. Crianças, adultos e idosos têm sido afetados, reforçando a necessidade de cuidados redobrados.
Para se proteger, o infectologista destaca algumas orientações práticas: lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 30 segundos, usar álcool gel 70% quando não for possível lavar as mãos, evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos sujas, ventilar os ambientes, limpar superfícies frequentemente tocadas e evitar aglomerações, principalmente em locais fechados.
Além disso, fortalecer o sistema imunológico por meio de uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e sono adequado é fundamental para que o corpo esteja preparado para enfrentar os vírus respiratórios.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, que atua desde 1922 com excelência em saúde, oferecendo atendimento em diversas especialidades e com certificações internacionais reconhecidas.
Em resumo, o uso de máscaras e álcool gel, aliado a outras medidas preventivas e à vacinação, continua sendo uma estratégia eficaz para reduzir a transmissão de vírus respiratórios neste inverno. Cuidar da saúde coletiva é um gesto de responsabilidade e proteção para todos.