Diagnóstico de autismo aos 16 meses: tecnologia inovadora aprovada nos EUA abre caminho para a detecção precoce no Brasil

EarliPoint™ usa rastreamento ocular para identificar sinais de autismo em bebês, prometendo transformar o cuidado na primeira infância

Um avanço significativo na área da neurociência e pediatria acaba de ser aprovado nos Estados Unidos e promete revolucionar o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em bebês a partir dos 16 meses de idade. A ferramenta EarliPoint™ é o primeiro dispositivo autorizado pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) para auxiliar na identificação precoce do autismo, utilizando tecnologia de rastreamento ocular de alta precisão.

Conforme dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Genial Care, rede brasileira especializada em cuidado para crianças autistas, o exame é simples e não invasivo: enquanto a criança assiste a um vídeo de cerca de 12 minutos, o sistema monitora mais de 120 pontos focais por segundo para analisar como os olhos reagem a estímulos sociais. Essas informações são comparadas a uma base robusta de dados com padrões típicos de desenvolvimento infantil, gerando um relatório clínico detalhado que aponta indícios de autismo, além de avaliar o engajamento social e aspectos da comunicação verbal e não verbal da criança.

Esse avanço tecnológico tem origem em mais de 20 anos de pesquisa do neurocientista brasileiro Ami Klin, diretor do Marcus Autism Center, em Atlanta, considerado o maior centro de pesquisa e atendimento em autismo dos EUA. Klin e sua equipe foram pioneiros no uso do rastreamento ocular como biomarcador para o TEA, identificando que sinais visuais atípicos podem ser detectados já no segundo semestre de vida.

A importância do diagnóstico precoce é amplamente reconhecida. Estudos da American Academy of Pediatrics indicam que sinais consistentes de autismo podem ser identificados entre 12 e 24 meses, período em que intervenções terapêuticas trazem ganhos significativos nas habilidades sociais, comunicativas e cognitivas. No entanto, no Brasil, a média de diagnóstico ainda ultrapassa os 4 anos, devido à dificuldade de acesso a profissionais especializados e à concentração desses serviços em grandes centros urbanos.

Além de acelerar o diagnóstico, a tecnologia EarliPoint™ tem potencial para reduzir desigualdades, padronizando avaliações e diminuindo vieses que afetam populações sub-representadas. Pesquisas indicam que crianças negras, por exemplo, têm maior risco de receber diagnósticos equivocados antes do reconhecimento do TEA.

Embora ainda não disponível no Brasil, a aprovação da FDA representa um passo importante para a internacionalização da ferramenta. Empresas como a Genial Care já estudam formas de incorporar tecnologias baseadas em evidências para apoiar famílias brasileiras, ampliando o acesso a intervenções de qualidade e promovendo um modelo integrado de cuidado.

A chegada do EarliPoint™ sinaliza uma nova era no cuidado com a primeira infância, unindo neurociência, tecnologia e empatia para oferecer diagnósticos mais precisos e precoces, com impacto direto na qualidade de vida de crianças autistas e suas famílias.

Fonte: Assessoria de imprensa Genial Care.

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