Preços do Varejo Alimentar Disparam em Abril e Impactam o Orçamento das Famílias Brasileiras
Inflação e Páscoa impulsionam alta de 11,4% nos preços do varejo alimentar, maior aumento dos últimos 12 meses, segundo dados da Scanntech
O varejo alimentar brasileiro registrou em abril a maior alta de preços dos últimos 12 meses, com um crescimento expressivo de 11,4% na variação dos preços. A informação foi divulgada pela Scanntech, empresa especializada em inteligência de dados, que destaca que esse aumento foi impulsionado tanto pela inflação persistente quanto pelo efeito sazonal da Páscoa, que neste ano caiu em abril.
Segundo Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech, o impacto da inflação tem sido sentido de forma intensa no orçamento das famílias brasileiras, refletindo diretamente no consumo. “Mesmo desconsiderando o efeito calendário da Páscoa, o crescimento dos preços foi significativo, superando até mesmo o aumento registrado em dezembro, tradicionalmente um mês de alta no varejo alimentar”, comenta.
Os dados apontam que, desconsiderando o efeito sazonal, os preços ainda subiram 8,8% em abril, enquanto as vendas por unidade recuaram 0,6%, indicando uma retração no consumo de alguns produtos devido ao aumento dos valores. Em dezembro de 2024, o aumento havia sido de 7,6%, o que reforça a intensidade da alta atual.
Entre as categorias que mais se destacaram está a cesta de mercearia, especialmente os produtos relacionados à Páscoa. O faturamento dessa cesta cresceu 48,2%, puxado por um reajuste de preços de 29,5% e um aumento de 18,7% nas vendas por unidade em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os ovos de Páscoa foram os protagonistas, com uma alta impressionante de 201,3% nos preços, seguidos por chocolates (41,4%), papinhas para bebê (23,9%), leite condensado (17,2%) e leite em pó (16,9%). O aumento nos laticínios, como leite condensado e leite em pó, também contribuiu para essa alta.
No que diz respeito aos preços, a cesta de mercearia básica apresentou uma alta média de 15,3%, com destaque para o café, que subiu 78,8% em relação a abril de 2024. Outros itens que tiveram aumento significativo foram o óleo (28,3%), o leite (12,5%) e a massa instantânea (9,9%). Por outro lado, alguns produtos essenciais registraram queda nos preços, como arroz (-11,3%), feijão (-15,4%) e açúcar (-0,9%), o que pode aliviar parcialmente o impacto no bolso do consumidor.
Apesar do aumento generalizado dos preços, as vendas por unidade apresentaram uma retração de 3,1%, sendo o leite o principal responsável por essa queda, respondendo por 46% da retração total. Esse cenário evidencia que, embora o consumo continue aquecido, a inflação está pressionando as famílias a reduzirem a compra de alguns itens.
A Scanntech, que fornece dados para 90% dos principais varejistas do canal alimentar e mais de 400 indústrias, reforça a importância do monitoramento constante dos preços para que varejistas, indústrias e distribuidores possam tomar decisões estratégicas e minimizar os impactos da inflação no mercado.
Este levantamento foi realizado com base em dados da assessoria de imprensa da Scanntech, trazendo uma visão atualizada e detalhada sobre o comportamento do varejo alimentar no Brasil em 2025. Fique atento às variações de preços e planeje suas compras para driblar a inflação e manter o equilíbrio financeiro da sua casa.