Nova NR-1 é adiada para 2026: 5 passos para transformar a saúde mental no trabalho
Entenda como a prorrogação da norma abre espaço para mudanças estruturais que promovem ambientes corporativos mais saudáveis e produtivos
A atualização da Norma Regulamentadora NR-1, que trata do gerenciamento dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho, teve sua entrada em vigor adiada para 26 de maio de 2026. A decisão foi oficializada pela Portaria nº 765/2025 do Ministério do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União em maio de 2025. Inicialmente prevista para começar em caráter educativo neste ano, a fiscalização com possibilidade de aplicação de multas agora só terá início no próximo ano.
Segundo o médico-psicanalista e consultor em saúde mental no trabalho, Dr. André Fusco, essa prorrogação não deve ser vista como um alívio, mas sim como uma oportunidade para que as empresas promovam mudanças estruturais profundas. “A NR-1 propõe um avanço importante: reconhecer não apenas o trabalhador adoecido, mas também os ambientes que adoecem. Isso exige repensar regras, metas e práticas que geram sofrimento psíquico”, destaca o especialista.
A nova NR-1 representa um convite para que as organizações adotem a Ergonomia Mental, conceito que vai além da ergonomia física e foca na transformação do ambiente de trabalho para prevenir o adoecimento mental. Para Dr. Fusco, a saúde mental no trabalho ainda está em fase embrionária e o adiamento reforça a necessidade urgente de uma mudança cultural e estrutural.
Com base no conceito de Ergonomia Mental, o especialista aponta cinco medidas essenciais para promover um trabalho saudável:
1. Promover segurança psicológica antes de medir
Garantir que os colaboradores possam responder questionários e avaliações psicossociais com sinceridade, sem medo de retaliações, é fundamental para um diagnóstico verdadeiro e eficaz.
2. Revisar regras e processos que causam sofrimento
Muitas vezes, o adoecimento mental é consequência direta de metas inatingíveis, sistemas punitivos e falta de escuta ativa. É necessário revisar essas estruturas para promover saúde coletiva.
3. Incentivar a colaboração para resgatar o sentido do trabalho
Ambientes competitivos extremos geram isolamento e estresse. Estimular a colaboração fortalece vínculos, aumenta o sentimento de pertencimento e melhora a saúde mental.
4. Usar análise qualitativa para entender as causas reais
Além dos dados quantitativos, é preciso aprofundar a análise para identificar fatores organizacionais que geram sobrecarga e sofrimento, como processos ineficientes e medo de demissão.
5. Promover identidade profissional e propósito
O trabalho deve permitir que o profissional se reconheça e sinta que sua contribuição é valiosa, o que fortalece a saúde mental e o engajamento sustentável.
Dr. André Fusco reforça que o adiamento da NR-1 deve ser um marco para mudar a mentalidade corporativa, evitando ações superficiais e promovendo ambientes que realmente cuidem da saúde mental dos trabalhadores. “Empresas que adotarem a Ergonomia Mental terão equipes mais engajadas, saudáveis e produtivas, com menos rotatividade e custos trabalhistas”, conclui.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Dr. André Fusco, referência em Ergonomia Mental e saúde mental no trabalho. Para mais detalhes, acesse: https://andrefusco.com.br/