Pesquisa clínica no Brasil: avanços e desafios na luta contra o HIV
Como a ciência e a ética impulsionam tratamentos inovadores e enfrentam o estigma no país
A luta contra o HIV no Brasil tem avançado significativamente nas últimas décadas, graças ao papel fundamental da pesquisa clínica, que transforma descobertas científicas em tratamentos eficazes e acessíveis. Com base em dados recentes da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC), liderada pela Dra. Greyce Lousana, este post destaca os principais avanços e desafios enfrentados no cenário nacional.
Desde os anos 80, quando a AIDS surgiu como uma epidemia global, a pesquisa clínica tem sido o pilar para a transformação da doença, antes fatal, em uma condição crônica controlável. A Dra. Greyce, referência na área, ressalta que o desenvolvimento de novas classes de medicamentos, como os inibidores de protease nos anos 90, foi um marco que permitiu o controle da viremia e ampliou as possibilidades terapêuticas. Ela também enfatiza a importância da ética e da transparência na condução dos ensaios clínicos, que envolvem pesquisadores, comitês de ética e órgãos regulatórios.
No Brasil, a SBPPC tem atuado para fortalecer a estrutura científica e regulatória, promovendo a valorização dos profissionais de pesquisa e garantindo a segurança dos participantes dos estudos. Por meio da Invitare, organização presidida pela Dra. Greyce, são desenvolvidas soluções em educação e compliance que fomentam a integridade científica, especialmente em áreas como HIV/AIDS, onde os avanços continuam acelerados.
Apesar dos progressos, um estudo inédito divulgado em maio de 2025 pela Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV (RNP+), com apoio do UNAIDS, Fiocruz e Ministério da Saúde, revela que o preconceito e o estigma ainda são barreiras significativas. A pesquisa, realizada em sete capitais brasileiras, mostra que mais da metade dos entrevistados já sofreu discriminação relacionada à sorologia, tanto no ambiente familiar quanto no trabalho. Além disso, sintomas de ansiedade e depressão afetam grande parte dessa população, impactando diretamente o acesso ao tratamento e a adesão aos medicamentos.
Esses dados evidenciam que o medo da exposição e a falta de confidencialidade nos serviços de saúde podem atrasar o início do tratamento e prejudicar a evolução dos estudos clínicos. Para a Dra. Greyce, é urgente implementar políticas públicas antirracistas e inclusivas para a comunidade LGBTIA+, além de investir na capacitação dos profissionais de saúde para combater a desinformação e garantir o bem-estar dos pacientes.
O Boletim Epidemiológico de HIV e AIDS de 2024, divulgado pelo Ministério da Saúde, reforça o cenário positivo com o aumento da capacidade de diagnóstico e a redução da mortalidade, impulsionados pelo uso ampliado da profilaxia pré-exposição (PrEP). Esses avanços são frutos do compromisso contínuo com a pesquisa clínica e a saúde pública.
Em suma, a trajetória da pesquisa clínica no Brasil, guiada por profissionais dedicados como a Dra. Greyce Lousana, demonstra que a ciência, aliada à ética e à inclusão social, é a chave para enfrentar os desafios do HIV. O fortalecimento dessa base é essencial para que o país continue inovando e garantindo qualidade de vida para as pessoas vivendo com HIV.
Para saber mais sobre a SBPPC, acesse www.sbpcc.org.br.