Poluição do ar e vírus respiratórios: o perigo silencioso para a saúde das crianças no Brasil

Entenda como a bronquiolite e a poluição do ar aumentam os riscos para os pequenos e quais cuidados podem proteger seu filho nesta temporada

Com a chegada do outono e do inverno, cresce a preocupação com a saúde respiratória das crianças no Brasil. Dados alarmantes do relatório “Estado do Ar Global”, divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com o Health Effects Institute e UNICEF, mostram que cerca de 465 crianças menores de cinco anos morrem diariamente no país por doenças agravadas pela poluição do ar. Em 2021, a poluição foi responsável por 169,4 mil mortes nessa faixa etária, principalmente por infecções respiratórias agudas, doenças cardíacas e pulmonares.

Entre as doenças respiratórias que mais preocupam nesta época do ano está a bronquiolite, uma inflamação dos bronquíolos causada principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A pediatra Karoliny Veronese, da Kora Saúde, explica que a bronquiolite provoca acúmulo de líquido nos pulmões, dificultando a respiração e causando sintomas como chiado, tosse e febre. Em casos graves, pode levar à insuficiência respiratória, exigindo cuidados médicos imediatos.

Embora a bronquiolite seja mais comum no inverno, a médica alerta que os casos têm ocorrido durante todo o ano, devido a mudanças no comportamento dos vírus e maior circulação em ambientes fechados. Além do VSR, outros vírus como adenovírus, coronavírus e influenza também podem causar a doença. Para proteger os bebês, duas vacinas com anticorpos monoclonais foram recentemente aprovadas no Brasil: uma para bebês, com o anticorpo nirsevimabe (Beyfortus), e outra para gestantes, que transferem proteção ao bebê ainda na barriga. Essas vacinas não impedem a infecção, mas reduzem significativamente os casos graves, com proteção de cerca de seis meses.

A pediatra reforça que a bronquiolite é uma doença aguda e não está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas como a asma, que tem origem genética. O diagnóstico é clínico, podendo ser confirmado por exame de swab nasal, semelhante ao usado para detectar a Covid-19. O tratamento precoce é fundamental para evitar complicações graves.

Além das vacinas, a amamentação é destacada como uma importante forma de proteção, pois transfere anticorpos da mãe para o bebê. Medidas simples, mas eficazes, como lavar as mãos com frequência, usar máscara em caso de sintomas respiratórios e evitar contato com pessoas doentes, são essenciais para proteger os pequenos. “Mão de neném não se beija, mão de neném não se pega”, alerta a médica, recomendando que recém-nascidos evitem aglomerações e visitas de pessoas gripadas.

A Kora Saúde, referência em medicina moderna, reforça seu compromisso com a saúde infantil e a prevenção de doenças respiratórias, oferecendo suporte e informação para famílias em todo o Brasil. Neste outono e inverno, redobrar os cuidados pode salvar vidas e garantir o bem-estar das crianças.

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