Maternidade e diploma: como o EaD está transformando vidas de mães brasileiras

Flexibilidade e apoio personalizado do ensino a distância ajudam mulheres a conciliar estudos, trabalho e cuidados com os filhos

Para muitas mães brasileiras, a jornada dupla de trabalho, a falta de rede de apoio e as responsabilidades familiares já foram obstáculos intransponíveis na busca por um diploma universitário. Hoje, porém, histórias inspiradoras mostram como a educação a distância (EaD) está reescrevendo esse cenário, permitindo que mulheres de todas as idades e realidades conquistem o sonho do ensino superior.

Estudar sem abrir mão da maternidade
Sandra Barros, de Curitiba, é um exemplo dessa transformação. Aos 45 anos, ela ingressou no curso de Design Gráfico da Uninter após ser incentivada pelo próprio filho. “A flexibilidade do EaD me permite assistir às aulas após meu turno de trabalho e nos momentos em que consigo organizar a rotina com meu filho”, relata. Como ela, mais de 1,6 milhão de mulheres estudam na modalidade a distância no Brasil, segundo o Censo da Educação Superior 2022.

Superação em meio aos desafios
Luciana Cardoso, mãe de três filhos, encontrou nos estudos uma forma de ressignificar uma tragédia familiar. Após perder o filho de 20 anos no mesmo dia em que dava à luz a caçula, ela decidiu cursar Serviço Social. “Minha filha me deu força para seguir em frente. Com o EaD, consigo estudar à noite, depois de cuidar das crianças e trabalhar”, explica.

Políticas de acolhimento fazem a diferença
Helenice Ramires Jamur, gerente da Uninter, destaca que a modalidade EaD é muitas vezes a única opção viável para mães de crianças pequenas ou com necessidades especiais. “Elas não precisam se deslocar diariamente, têm acesso a materiais gravados e contam com suporte personalizado para reorganizar prazos quando imprevistos acontecem”, afirma. A instituição, que possui 750 polos no país, oferece desde prorrogações de atividades até mudanças de curso para evitar evasão.

Impacto além do diploma
Adriana Silva da Luz, aluna de Pedagogia, revela como o EaD mudou sua perspectiva profissional: “Trabalhava em telemarketing e via poucas oportunidades. Agora, faço estágio como professora e tenho mais tempo com minha filha”. Já Léia Alves Ribeiro, 44 anos, cursa uma pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva enquanto atua como professora. “O EaD me permitiu conciliar meu sonho de infância com a realidade de mãe e trabalhadora”, celebra.

Educação como ferramenta de empoderamento
As histórias reforçam que o ensino a distância não é apenas uma alternativa logística: é uma via de acesso à autonomia financeira, realização pessoal e exemplo para as próximas gerações. Como resume Sandra: “Mostrei ao meu filho que a educação não tem idade – e agora ele me vê como referência”.

Para essas mulheres, cada aula concluída é mais que uma conquista acadêmica: é a prova de que maternidade e realização profissional podem caminhar juntas, desde que haja acesso a oportunidades reais.

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