Psoríase infantil: como identificar e lidar com a doença que afeta a pele e a autoestima das crianças

Manchas descamativas podem surgir já nos primeiros anos de vida; especialista explica sintomas, tratamentos e impacto emocional

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A psoríase, uma doença inflamatória crônica da pele, pode se manifestar ainda na infância, trazendo desafios físicos e emocionais para as crianças e suas famílias. Segundo estudos, de 25% a 45% dos casos começam antes dos 16 anos, e cerca de 2% surgem antes dos dois anos de vida. A condição, caracterizada por manchas avermelhadas e descamativas, exige diagnóstico precoce e acompanhamento especializado para evitar impactos na qualidade de vida.

Sinais e sintomas
De acordo com a dermatologista Dra. Adriana Martinelli, a psoríase pode afetar qualquer região da pele, incluindo unhas e couro cabeludo. “Em bebês, as lesões costumam aparecer no rosto, área das fraldas e umbigo, enquanto em crianças maiores e adolescentes são mais comuns em joelhos, cotovelos e couro cabeludo”, explica. Algumas formas da doença podem causar descamação intensa no couro cabeludo, estendendo-se até a fronte e orelhas, o que gera desconforto e constrangimento.

A psoríase em placas, também chamada de psoríase vulgar, é rara na infância, representando apenas 4% das doenças de pele em menores de 16 anos. Porém, seus sintomas podem ser confundidos com alergias, micoses ou até doenças genéticas raras. “Por isso, é essencial buscar avaliação médica quando há manchas vermelhas e descamativas em áreas específicas”, alerta a especialista.

Impacto emocional e social
Além dos sintomas físicos, a psoríase pode afetar profundamente a autoestima das crianças. “Estudos mostram que essa é uma das doenças dermatológicas que mais comprometem a qualidade de vida infantil. Lesões em áreas visíveis, como rosto e mãos, podem levar a estigmas sociais, vergonha e até bullying”, destaca Dra. Adriana. O sofrimento emocional da criança também impacta os pais e cuidadores, que enfrentam desafios diários no manejo da doença.

Tratamento e esperança
As opções terapêuticas variam conforme a gravidade do quadro. Casos leves são tratados com cremes específicos e hidratação, enquanto formas moderadas a graves podem exigir medicamentos orais ou injetáveis. “Ainda há menos opções para crianças em comparação com adultos, mas novos estudos estão ampliando as possibilidades de tratamento”, comenta a dermatologista.

Com diagnóstico precoce, acompanhamento médico e atenção ao bem-estar emocional, é possível controlar a psoríase infantil e garantir uma vida mais saudável e feliz para as crianças e suas famílias. Se notar manchas persistentes na pele do seu filho, consulte um dermatologista para avaliação adequada.

*Fontes: Dra. Adriana Martinelli (CRM: 120813) e estudos científicos citados no release.*

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