IA na Educação: Como Equilibrar Tecnologia e Formação Humana

Especialistas alertam para o uso consciente da inteligência artificial nas salas de aula, mantendo o protagonismo do aluno

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A inteligência artificial (IA) já é uma realidade nas salas de aula, transformando a forma como alunos e professores interagem com o conhecimento. Ferramentas como tutores virtuais, explicações instantâneas e planos de estudo personalizados estão cada vez mais presentes, mas especialistas destacam a necessidade de equilibrar inovação com formação humana.

Tecnologia a Serviço da Educação
A IA oferece oportunidades únicas para personalizar o aprendizado e democratizar o acesso à informação. No entanto, pesquisadores como Charles Fadel alertam que a educação já enfrentava uma defasagem em relação ao mercado de trabalho, e a aceleração tecnológica exige ainda mais atenção. “O risco é substituir a construção crítica do conhecimento por respostas prontas, negligenciando competências socioemocionais e éticas”, afirma Cleyton Guimarães Costa, diretor-geral da Educação Adventista no ABCDM e Litoral Paulista.

O Papel Insubstituível do Professor
A mediação humana continua sendo essencial. Ferramentas como cadernos digitais com IA, que permitem digitalizar anotações e acessar tutores virtuais, são promissoras, mas exigem acompanhamento pedagógico. Pesquisas da USP destacam que, sem critério, essas tecnologias podem limitar a criatividade e padronizar o raciocínio. “O professor é quem organiza o saber, criando experiências de aprendizagem ativas e significativas”, reforça Costa.

Protagonismo do Aluno e Valores
O Colégio Adventista defende que a IA deve ser usada como ferramenta de apoio, sem substituir a formação integral. “O pensamento crítico, a empatia e a tomada de decisões responsáveis são insubstituíveis”, diz o diretor. A proposta é incentivar os estudantes a serem usuários ativos, capazes de questionar, analisar fontes e construir conhecimento com base em valores.

O Futuro é uma Escolha
A IA amplia horizontes, mas o verdadeiro avanço depende de como a tecnologia é integrada à missão educacional. “O futuro chegou, mas a escola deve seguir sendo o espaço onde se ensina a fazer escolhas conscientes”, conclui Costa. O desafio é garantir que a inovação tecnológica ande de mãos dadas com uma educação humanizada, focada no diálogo, no respeito e no desenvolvimento do caráter.

*Imagem: Reprodução/Freepik*

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