Geração Z no Marketing: Por Que os Estereótipos Precisam Acabar
Como o estigma sobre os zoomers está prejudicando a conexão genuína entre marcas e consumidores
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A Geração Z, composta por nascidos entre 1997 e 2012, já não é mais a mesma. Enquanto muitos ainda os imaginam como adolescentes rebeldes viciados em TikTok, a realidade é que os primeiros zoomers já estão na casa dos 28 anos, com carreiras, responsabilidades financeiras e até famílias. No entanto, as estratégias de marketing continuam presas a estereótipos ultrapassados, criando uma desconexão entre marcas e consumidores.
A Miopia do Marketing
Pedro Campos, executivo de marketing com 15 anos de experiência, aponta um problema grave: a insistência em reduzir uma geração diversa a um único perfil caricato. Campanhas que usam emojis forçados, gírias artificiais e um tom “instagramável” não apenas falham em engajar, mas também reforçam a falta de autenticidade que afasta os consumidores.
A Geração Z Cresceu – E o Marketing Precisa Acompanhar
Os zoomers de hoje são adultos com necessidades reais: pagam contas, buscar estabilidade e consomem de forma mais crítica. Marcas que insistem em tratá-los como adolescentes descolados perdem a chance de criar conexões significativas. A solução? Abandonar o caricato e buscar entender os subgrupos dentro dessa geração.
Conexão Verdadeira: O Futuro do Marketing
Em vez de tentar “viralizar” com memes forçados, as marcas devem focar em histórias reais que ressoem com as aspirações e desafios dos consumidores. Como Campos destaca, o consumidor está no ônibus, no trabalho, no parque – não em um estereótipo criado por algoritmos.
O caminho para 2025 exige menos suposições e mais empatia. Afinal, o marketing que vence é aquele que enxerga pessoas, não rótulos.
(*) Pedro Campos é fundador do Marketing de Ponta a Ponta e consultor com atuação no Brasil e Europa.