Economia Prateada: O Futuro do Mercado Imobiliário Residencial no Brasil

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A Economia Prateada — termo que engloba todas as atividades econômicas voltadas para pessoas acima de 50 anos — está transformando o mercado imobiliário residencial no Brasil. Com 37 milhões de brasileiros já na faixa dos 60 anos e uma projeção de que esse número dobre em apenas 15 anos, o setor começa a enxergar um potencial estratégico nesse público.

### O Potencial da Longevidade no Imobiliário
Dados revelam que 28,7% das pessoas que vivem sozinhas no país são idosas, totalizando mais de 5,6 milhões de indivíduos. Além disso, 12% desse grupo ainda sonha com a casa própria, enquanto 40% afirmam que faltam produtos e serviços adaptados às suas necessidades. Esses números mostram uma demanda clara por empreendimentos que atendam às particularidades da maturidade, como acessibilidade, segurança e comodidades integradas.

Bete Marin e Camilla Alves, da MV Marketing, em parceria com a geroarquiteta Flavia Ranieri, desenvolveram um workshop especializado para construtoras e investidores imobiliários. A iniciativa já gerou um crescimento de 20% nos resultados da empresa, que atende grandes nomes do setor, como a TRK Imóveis, de Brasília.

### O Que o Público 50+ Busca em um Imóvel?
Segundo pesquisas da MV Marketing, três fatores são decisivos para essa faixa etária:
1. Localização e segurança — Proximidade de serviços de saúde e áreas tranquilas.
2. Diversidade de perfis — Nem todos os idosos têm as mesmas necessidades, exigindo modelos variados de moradia.
3. Serviços integrados — Tecnologias e comodidades que facilitem o dia a dia.

Além disso, muitos associam o lar a um porto seguro, um espaço de memórias afetivas e convívio familiar. No entanto, à medida que a idade avança, surgem demandas por adaptações, como banheiros acessíveis e iluminação adequada.

### Inovação e Oportunidades
Para aproveitar esse mercado, a MV Marketing criou um núcleo especializado em imóveis para a longevidade, incluindo um Simulador de Personas 50+, que usa inteligência artificial para mapear perfis de consumo. A expectativa é que esse novo segmento impulsione o faturamento da empresa em 30% até 2025.

Flavia Ranieri destaca que o design thinking centrado no usuário é essencial para criar soluções que atendam às diferentes fases da maturidade. “Não existe uma fórmula única. Cada pessoa envelhece de um jeito, e o imóvel precisa refletir isso”, afirma.

### Conclusão
A Economia Prateada não é apenas uma tendência — é uma realidade que está moldando o futuro do setor imobiliário. Empresas que souberem se adaptar a essa demanda terão vantagem competitiva em um mercado que movimenta R$ 1,8 trilhão por ano no Brasil.

Para investidores e profissionais do ramo, a hora de agir é agora. Quem entender as necessidades desse público colherá os frutos de um mercado em expansão.

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