Arte como resistência: como Yasmin Agostinho usa a arte contemporânea para lutar pela igualdade de gênero

A obra "Sob o olhar de quem sente e luta" expõe a violência contra mulheres e inspira transformação social

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A arte sempre foi um reflexo da sociedade, mas também uma ferramenta poderosa para questionar, educar e transformar. No contexto da luta pela igualdade de gênero, artistas como Yasmin Agostinho estão usando sua criatividade para dar voz a mulheres que sofrem violência diariamente no Brasil. Sua obra mais recente, “Sob o olhar de quem sente e luta. I e II”, é um exemplo impactante de como a arte contemporânea pode ser um agente de mudança social.

### A técnica que fala por quem não é ouvido
Utilizando a *string art* — uma técnica que emprega linhas tensionadas entre pregos para criar imagens —, Yasmin constrói uma narrativa visual poderosa. Os pregos simbolizam a resistência física e psicológica, enquanto a linha vermelha representa a rede de apoio que muitas mulheres encontram (ou precisam encontrar) para superar a violência. O olho esquerdo, destacado na obra, remete à expressão de sentimentos profundos, convidando o espectador a não apenas ver, mas *ouvir* as histórias por trás daquelas marcas.

### Arte como espelho e martelo
Como bem aponta André Luiz dos Santos, artista plástico e professor, a arte não deve apenas refletir a realidade, mas agir como um “grito de mudança”. Yasmin segue o legado de feministas históricas como Mary Wollstonecraft e Nísia Floresta, usando sua produção para desafiar narrativas patriarcais e reconstruir perspectivas femininas baseadas na resistência e na solidariedade.

### O papel do espectador na transformação
A obra de Yasmin não é passiva: ela exige uma resposta. Ao confrontar o público com a realidade da violência de gênero, a artista provoca uma pergunta inevitável: *O que você pode fazer para mudar essa situação?* Seja apoiando organizações que combatem a violência contra mulheres, educando-se sobre o tema ou simplesmente amplificando vozes como a de Yasmin, todos temos um papel a cumprir.

### Conclusão: arte que ecoa além das galerias
Enquanto a igualdade de gênero ainda é uma batalha diária para milhões de mulheres, a arte de Yasmin Agostinho serve como lembrete de que a criatividade pode ser uma forma de resistência. Suas linhas e pregos não formam apenas uma imagem — tecem um chamado à ação. E cabe a nós responder.

*Inspirado no artigo de André Luiz P. dos Santos, artista plástico, Mestre em Educação e Novas Tecnologias e professor do Centro Universitário Internacional Uninter.*

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