FDA proíbe corante vermelho nº 3 em alimentos e medicamentos: entenda o impacto da decisão

Após décadas de debates, o corante associado a riscos de câncer em animais será banido nos Estados Unidos

A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, anunciou recentemente a proibição do uso do corante vermelho nº 3 em alimentos, suplementos dietéticos e medicamentos de uso oral. Essa decisão surge após mais de 30 anos de discussões sobre os potenciais riscos à saúde associados a esse aditivo.

O corante vermelho nº 3, também conhecido como eritrosina, é amplamente utilizado para conferir uma coloração vibrante a produtos como balas, bolos, bebidas e certos medicamentos. No entanto, estudos realizados desde a década de 1980 indicaram uma ligação entre a substância e a ocorrência de câncer em ratos de laboratório. Em 1990, devido a essas evidências, a FDA já havia proibido o uso do corante em cosméticos e medicamentos tópicos, mas sua aplicação em produtos ingeridos permaneceu permitida até agora.

A recente proibição foi influenciada por uma petição apresentada em 2022 por grupos de defesa da saúde pública, que pressionaram a FDA a reavaliar a segurança do corante. Embora não haja evidências conclusivas de que o vermelho nº 3 cause câncer em humanos, a decisão da agência segue o princípio da precaução, visando minimizar possíveis riscos à saúde da população.

De acordo com o cronograma estabelecido pela FDA, os fabricantes de alimentos têm até janeiro de 2027 para remover o corante de seus produtos, enquanto as indústrias farmacêuticas têm prazo até janeiro de 2028 para adequação. Essa medida alinha os Estados Unidos a outras regiões, como a União Europeia, Austrália e Japão, onde o uso do vermelho nº 3 já é restrito ou proibido.

Para os consumidores, é recomendável ficar atento aos rótulos dos produtos e optar por aqueles que não contenham o corante vermelho nº 3. Alternativas naturais, como suco de beterraba ou carmim, têm sido utilizadas por alguns fabricantes para substituir os corantes artificiais, oferecendo opções mais seguras e saudáveis.

Essa decisão da FDA reflete uma tendência crescente de reavaliação dos aditivos alimentares, incentivando a indústria a buscar ingredientes mais naturais e menos nocivos à saúde. A conscientização dos consumidores e a pressão por transparência nos rótulos também desempenham papel fundamental na promoção de mudanças positivas no mercado alimentício.

fonte: AP News

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