Raiva Humana: Compreendendo a Doença e o Caso Recente em Recife
Entenda o que é a raiva humana, suas formas de transmissão, sintomas, prevenção e detalhes sobre o recente caso fatal ocorrido em Recife
A raiva humana é uma doença viral grave que afeta o sistema nervoso central, levando quase sempre ao óbito após o aparecimento dos sintomas. Transmitida principalmente pela saliva de animais infectados através de mordidas, arranhões ou lambeduras em feridas abertas, a raiva é uma zoonose de extrema importância para a saúde pública devido à sua alta letalidade.
Transmissão e Sintomas:
A transmissão ocorre quando o vírus presente na saliva de um animal infectado entra no organismo humano, geralmente por meio de mordidas. O período de incubação varia, mas em média é de 45 dias no ser humano. Os sintomas iniciais são inespecíficos, incluindo mal-estar geral, febre baixa, anorexia, cefaleia, náuseas e dor de garganta. Com a progressão da doença, surgem sintomas neurológicos graves, como agitação, confusão mental, espasmos musculares e paralisia, evoluindo para coma e, na maioria dos casos, óbito.
Prevenção:
A vacinação de animais domésticos, como cães e gatos, é fundamental para o controle da raiva. Em caso de exposição ao vírus, a profilaxia pós-exposição, que inclui limpeza imediata da ferida e administração de vacina e soro antirrábico, é essencial para prevenir o desenvolvimento da doença.
Caso Recente em Recife:
Em janeiro de 2025, Pernambuco registrou um caso de raiva humana após oito anos sem ocorrências. A paciente, uma mulher de 56 anos, foi mordida por um sagui na mão esquerda em 28 de novembro de 2024. Ela deu entrada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, em 31 de dezembro, apresentando sintomas como dormência, dores e fraqueza. O exame realizado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, confirmou a infecção pelo vírus da raiva de origem silvestre. A paciente encontra-se internada em estado grave, seguindo protocolo de tratamento intensivo.
Considerações Finais:
A raiva humana é uma doença quase sempre fatal, mas totalmente prevenível. A vacinação de animais domésticos e a busca imediata por atendimento médico após exposição são medidas cruciais para a prevenção. O caso recente em Recife ressalta a importância de evitar o contato com animais silvestres e de manter a vacinação em dia, reforçando a necessidade de vigilância constante para impedir novos casos da doença.