Por que bebês meninas são mais apegadas aos pais e meninos às mães?

Você já reparou como, em muitas famílias, as menininhas parecem ter uma quedinha especial pelo papai, enquanto os meninos são verdadeiros grudes com a mamãe?

Você já reparou como, em muitas famílias, as menininhas parecem ter uma quedinha especial pelo papai, enquanto os meninos são verdadeiros grudes com a mamãe? Não é sua imaginação – esse comportamento é tão comum que tem chamado a atenção de cientistas há anos. E apesar de não ser uma regra absoluta (afinal, cada criança é única!), existem algumas explicações fascinantes para esse fenômeno.

Entendendo o Apego desde o Início

Desde os primeiros momentos de vida, nossos pequenos já começam a construir laços afetivos profundos com quem cuida deles. John Bowlby, um pesquisador que dedicou sua vida a entender esses vínculos, descobriu que os bebês naturalmente buscam segurança em quem os alimenta, conforta e protege. É como se fosse uma dança emocional entre pais e filhos, onde cada movimento fortalece essa conexão especial.

O Que a Ciência Nos Diz

O cérebro dos nossos pequenos é como uma esponja nos primeiros anos – absorve tudo! E é interessante como meninos e meninas podem ter formas diferentes de processar suas emoções e conexões sociais. As meninas, por exemplo, parecem ter um radar emocional mais sensível, o que as leva a procurar no pai experiências diferentes daquelas que têm com a mãe. É como se elas buscassem uma “aventura segura” – aquela brincadeira mais agitada, mas sabendo que estão protegidas.

Já os meninos? Bem, eles tendem a manter um vínculo mais forte com as mães inicialmente. Isso tem muito a ver com o conforto que encontram desde o nascimento – pensem na amamentação, no colo quentinho, naquela voz suave que acalma qualquer choro.

A Dança dos Hormônios

Mesmo em níveis baixinhos durante a infância, os hormônios já começam a fazer seu papel. É como uma orquestra tocando bem baixinho – você mal percebe, mas a música está lá, influenciando como meninos e meninas interagem com seus pais e mães.

Buscando Complementos

É engraçado como as crianças naturalmente procuram experiências diferentes. É como se as meninas pensassem: “Já tenho todo o carinho e cuidado da mamãe, que tal explorar as brincadeiras divertidas com o papai?” Enquanto isso, os meninos encontram na mãe aquele porto seguro, aquele abraço que resolve qualquer problema.

O Papel da Nossa Sociedade

Não podemos ignorar como nossa cultura influencia esse comportamento. Ainda hoje, muitas pessoas veem o pai como o “protetor” e a mãe como a “cuidadora”. Isso acaba reforçando naturalmente essa dinâmica de aproximação – meninas com pais, meninos com mães.

Tudo Muda com o Tempo

Por volta dos 3 a 6 anos, as coisas começam a mudar. É como se as crianças começassem a se ver no espelho e pensassem: “Hey, quero ser como a mamãe!” ou “Quero ser forte como o papai!”. As meninas passam a se aproximar mais das mães, enquanto os meninos começam a ver nos pais seus grandes heróis.

O Que Realmente Importa

No final das contas, cada criança é um universo único. Algumas meninas serão mais próximas das mães, alguns meninos dos pais – e está tudo bem! O que realmente faz a diferença é ter pais presentes e amorosos, que criam um ambiente seguro onde seus pequenos podem crescer e se desenvolver.

Uma pequena dica? Não se preocupe tanto com essas tendências. O mais importante é construir relacionamentos saudáveis e amorosos com seus filhos, independentemente de serem meninos ou meninas. Afinal, amor e atenção são a base de tudo – e isso não tem gênero!

 

Referências

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  • Baron-Cohen, S. (2002). The extreme male brain theory of autism. Trends in Cognitive Sciences, 6(6), 248–254.
  • Bowlby, J. (1982). Attachment and Loss: Volume 1. Attachment. Basic Books.
  • Erikson, E. H. (1950). Childhood and Society. Norton.
  • Freud, S. (1933). New Introductory Lectures on Psychoanalysis. Norton.
  • Kochanska, G. (2001). Emotional development in children with different attachment histories: The role of mutual responsiveness. Child Development, 72(3), 600–615.
  • Lamb, M. E. (2010). The role of the father in child development. John Wiley & Sons.
  • Paquette, D. (2004). Theorizing the father-child relationship: Mechanisms and developmental outcomes. Human Development, 47(4), 193–219.
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  • Schore, A. N. (2013). The Science of the Art of Psychotherapy. Norton.

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