Conheça tudo sobre Assimetrias Cranianas

Dr. Gustavo Mondoni, fisioterapeuta, explica o que é, como tratar e prevenir

A assimetria craniana ocorre quando há uma deformidade no formato da cabeça do bebê. Isso pode ser causado por vários fatores, incluindo a posição constante ao dormir ou restrições de mobilidade intrauterinas durante a gestação, ficar muito tempo na mesma posição dentro da barriga da mamãe, atrelado a alterações como torcicolo congênito ou restrições de mobilidade do corpinho do bebê após o nascimento.

Segundo o Dr. Gustavo Mondoni, idealizador, sócio da Evolve Saúde e Desenvolvimento e Fisioterapeuta, essa alteração pode ser um caso onde a cabecinha do bebê é mas alargada lateralmente e curta no sentido ântero-posterior, a chamada braquicefalia; pode ser curta no sentido látero-lateral e longa no sentido ântero-posterior, a chamada escafocefalia ou dolicocefalia; e também a assimetria onde exista diferença nas diagonais oblíquas da cabecinha do bebê, onde o “achatamento se dá em um dos dois lados, atrás da orelhinha, a chamada plagiocefalia.

“As assimetrias cranianas se originam da diferença de pressão interna do crânio, executado pelo encéfalo e líquidos existentes dentro da cabecinha do bebê, e a pressão externa, executada pela pelve da mamãe por exemplo, ou pelo local onde o bebê permanece com a cabeça apoiada. Como as estruturas internas são extremamente maleáveis, com posicionamento mantido, a cabecinha do bebê acaba crescendo onde tem liberdade e menos pressão externa, ou seja, onde não está apoiada na superfície. Sendo assim, a cabecinha “não amassa”, ela apenas não cresce no local onde acaba tendo contato por maior quantidade de tempo”, explica o Fisioterapeuta.

A assimetria craniana pode ocasionar atrasos motores, pela dificuldade de movimentar estruturas como coluna cervical, musculatura do pescoço, membros superiores, e executar movimentos imprescindíveis para o desenvolvimento do bebê, podem gerar também alterações posturais, dificultar a amamentação, quando atrelado à torcicolos congênitos.

“Elas não melhoram sozinhas, pois a partir do momento em que ocorre a alteração na forma, modificam-se também vetores de força de músculos que se inserem na região do crânio, que fazem rotação e inclinação do pescoço. Isso faz com que o bebê continue ficando sempre na mesma posição que ocasionou a assimetria”, alerta Mondoni.

O diagnóstico pode ser com um dispositivo chamado craniômetro, que possibilita a mensuração de todas as diagonais e é realizado o cálculo para saber se as medidas encontram-se dentro dos parâmetros de normalidade. O padrão ouro de mensuração é com o escaneamento 3D da cabecinha do bebê, e as mensurações são realizadas através de software especializado para calcular essas proporções. As assimetrias podem ser classificadas entre: normal, média, moderada, severa ou muito severa.

“O tratamento deve ser iniciado o mais cedo possível, antes dos 4 meses de vida preferencialmente. Pois o crânio do bebê cresce em uma velocidade muito elevada até os 6 meses, após essa idade, as primeiras fontanelas começam a se fechar, e a velocidade de crescimento da cabecinha diminui muito, o que dificulta a evolução do tratamento”, recomenda.

“O padrão ouro de tratamento descrito na literatura compõe Osteopatia através da terapia manual, fisioterapia especializada, caracterizados como tratamento conservador. Quando o bebê não tem resultado no tratamento conservador, ou já inicia o tratamento com uma idade mais avançada, a prótese craniana (capacetinho), pode ser uma opção. Quando necessária a utilização da órtese craniana, a mesma deve ser indicada por médico especializado (neurocirurgião na maioria dos casos), e a família deve estar de acordo. Nesse último caso de tratamento, o ideal é continuar tratamento com fisioterapia e osteopatia junto com o capacete”, finaliza o Dr. Gustavo Mondoni.

As principais dicas de prevenção são perceber se o bebê tem rotação e inclinação simétrica de cervical, e iniciar tratamento de torcicolo mais rapidamente possível, quando ele se faz presente. Mudar posição nas sonecas assistida, podendo colocá-lo de bruços, e de lado, ajuda muito. E o principal estímulo motor nos primeiros meses, é o famoso tummy time (colocar bebê de bruços), pois ajuda na normalização de tônus muscular de cervical. Estimular a parte motora com estímulos respectivos à idade também são essenciais para prevenção das assimetrias cranianas.

Dr. Gustavo Mondoni – Fisioterapeuta

Idealizador, sócio da Evolve Saúde e Desenvolvimento e Fisioterapeuta.

Pós graduado em Terapia Manual e Postural;

Formação Internacional em Microfisioterapia com os franceses Patrick Benini e Daniel Grosjean;

Formação internacional em Leitura Biológica com o belga Emmanuel Corbeel;

Pós graduação em Osteopatia pelo Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual (IDOT).

 

Serviço:

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